Biomedicina
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Navegando Biomedicina por Assunto "Bacteriana"
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Artigo Científico Acesso aberto Bactérias Multirresistentes relacionadas à infecção por COVID-19(2023-12) Silva, Rayssa Gomes; Teixeira, Ingrid Rei; Costa, Maria Eduarda Máximo daA Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou a multirresistência antimicrobiana como um dos maiores riscos à saúde em 2019. O uso inadequado de antibióticos resulta na sua consequente ineficácia no tratamento contra infecções bacterianas, dificultando as alternativas terapêuticas e aumentando o risco de prognósticos ruins. No final de 2019 um vírus zoonótico de RNA fita simples, SARS-CoV-2, foi identificado e causou a pandemia da doença Coronavirus Disease-19. A utilização de antibióticos de forma profilática para infecções bacterianas secundárias foi uma das medidas tomadas no cenário emergencial. O dano às vias respiratórias causado pelos vírus e inibição do sistema imunológico, que favorecem a aderência e crescimento bacteriano nas vias respiratórias, a falta de conhecimento da doença e a semelhança sintomática inicial entre infecções bacterianas e virais gerando dúvidas diagnósticas ocasionou na preocupação quanto ao impacto na piora do quadro mundial de bactérias multirresistentes. Mais pesquisas em busca de tratamentos e alternativas em casos de coinfecção bacteriana associada a COVID-19 e seus possíveis marcadores são necessárias, bem como investigações do possível impacto da pandemia no cenário mundial de multirresistência adquirida. A imunização da população e as medidas individuais de precaução respiratória ainda são as únicas medidas protetivas conhecidas. No cenário pandêmico caracterizado por um elevado uso de agentes biocidas, uso empírico e desordenado de antibióticos, diminuição da vigilância do quadro de resistência a nível mundial e superlotação dos sistemas de saúde, falta de equipe médica e equipamento de proteção pessoal em alguns hospitais são fatores que foram apontados como contribuidores para o aumento da resistência antimicrobiana. Em contrapartida, as medidas protetivas individuais foram apontadas como fatores redutores da incidência de infecções na comunidade. Em alguns países foram reportados aumentos na incidência de bactérias resistentes a carbapenêmicos e de novos genes e combinações podendo estar relacionados a pandemia da COVID-19.