'Sexo, drogas e rock n' roll' ?

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Data

2010

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Rodrigues, Aline Juliana Vicentin

Orientador

Maliska, Maurício Eugênio

Coorientador

Resumo

Na visão do senso comum o mundo artístico ainda carrega as marcas do passado, sendo que o estereótipo vigente, em relação aos músicos, é de que estes têm uma imagem vinculada ao uso de drogas e consumo de álcool, de sujeitos que nada fazem, que não são úteis à sociedade, e assim, o fazer musical pode não ser qualificado como trabalho. Considerando este tema, esta pesquisa buscou compreender os sentidos que músicos de uma banda autoral atribuem ao seu trabalho, seguindo os preceitos da Psicologia Sócio-Histórica. Para tanto, os objetivos específicos enfocaram: a descrição da trajetória profissional, a caracterização do trabalho, o levantamento das características da imagem social do músico e a identificação da definição de trabalho para os participantes. Para embasar a análise dos dados, o referencial teórico contemplou temáticas como o trabalho e seus sentidos; o trabalho no campo da música; e aspectos sobre o músico, a música e a banda autoral. Quanto ao método, a pesquisa definiu-se como exploratória e qualitativa, e seu delineamento caracterizou-se como estudo de caso. Para a coleta de dados, foi utilizada a entrevista semi-estruturada, além da observação não-participante como procedimento complementar. Participaram deste estudo os cinco integrantes de uma banda autoral do cenário catarinense, que foram selecionados respeitando os critérios de ter o trabalho com a música como principal fonte de renda e de, primordialmente, não ter vínculo empregatício. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo, o que possibilitou a construção de categorias de análise a posteriori, baseadas nos objetivos específicos. No que se refere à trajetória profissional, concluiu-se que os músicos investigados construíram uma história de relação com a música de forma que esta passou a ser o seu trabalho principal, em todas as suas possibilidades de atuação. Em relação à caracterização do trabalho, este apresenta como características a informalidade, flexibilidade e a instabilidade. No que tange à imagem social, os músicos investigados referem que o seu fazer não é considerado trabalho pela sociedade, e que, se há reconhecimento, este está relacionado com o aparecimento do artista na mídia. Para os participantes, o trabalho que realizam é fonte de prazer, que está atrelado ao conteúdo da profissão. Por meio desta pesquisa, foi possível a compreensão de que, apesar das adversidades para o exercício da profissão e da imagem social negativa, os sentidos atribuídos ao trabalho pelos participantes remetem à satisfação, realização e identificação com o que fazem, sendo que o retorno financeiro aparece como uma consequência desse fazer. Pode-se entender que a expressão "sexo, drogas e rock n' roll" como mais uma das heranças culturais deixadas à profissão, sendo que a continuidade deste ranço histórico ainda marca estes sujeitos, que tentam de todo modo livrar-se desta imagem social negativa, pois não é desta forma que se percebem

Palavras-chave

Trabalho, Psicologia social, Músicos de rock

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