Enfrentamentos vivenciados por mulheres no processo de ruptura do relacionamento conjugal

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Data

2009

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Machado, Gislaine Santos

Orientador

Lopes, Ana Maria Pereira

Coorientador

Resumo

Dados do IBGE apontam que os índices, referente ao número de separações no Brasil vêm aumentando consideravelmente. Assim, esta pesquisa emerge da necessidade de se conhecer de forma mais aprofundada a realidade das mulheres que passam pela ruptura da relação conjugal. Esse tema é abordado em meio a um cenário de dualidades de paradigmas a respeito da re-configuração dos papéis femininos, do casamento e de estruturas familiares, que resultam de construções norteadas por códigos sociais, estigmas culturais e contexto histórico. O objetivo deste estudo é caracterizar os enfrentamentos vivenciados por mulheres no processo de ruptura do relacionamento conjugal. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, que pretende identificar os sentidos atribuídos na ótica de mulheres que vivenciam situações de separação. Esta pesquisa teve como delineamento a pesquisa exploratória. Para realizar a coleta de dados, optou-se pela utilização de uma entrevista semi-estruturada. Os dados foram coletados junto a um grupo de quatro mulheres, na faixa etária de 30 a 41 anos, usuárias do Serviço de Atenção à Saúde da Mulher da Unidade Básica de Saúde Bela Vista, em Palhoça/SC. Os dados foram organizados a partir de categorias a posteriori e analisados à luz da teoria Sistêmica. Os principais resultados desse estudo apontam para questões de conflitos, que se dão no âmbito psicossocial feminino e que surgem mediante as demandas conjugais e da separação. As mulheres optam pelo casamento de modo idealizado, e o modelo que seguem é o convencionado pela sociedade. Dentre os enfrentamentos experienciados com a separação, emergem como sendo primordiais as condições de reestruturação de vida e o suporte familiar, que se refletem nas instâncias emocionais e estruturais das informantes. No âmbito emocional, as mulheres sofrem com a sua separação e pela separação dos filhos de seus respectivos pais. As mulheres trabalham ainda mais com a partida do cônjuge, contudo, esse se revela um recurso indispensável para a manutenção básica de sua família. Na esfera social, fontes de apoio podem se tornar complicadores, e desse modo as mulheres se movimentam em direção à auto-preservação. Por fim, pode-se observar que, apesar dos papéis femininos terem apresentado evoluções emrelação ao seu empoderamento, muitas mulheres ainda não estão cientes dessefato.

Palavras-chave

Casamento, Divórcio - Aspectos psicológicos, Mulheres divorciadas

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