As práticas de recrutamento e seleção realizadas por psicológos organizacionais e do trabalho que atuam no município de Palhoça

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Data
2008
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Silva, Maria Bethânia
Orientador
Natividade, Michelle Regina da
Coorientador
Resumo
As práticas de recrutamento e seleção foram criadas na década de 30 e atualmente são reconhecidas como atividades tradicionais da Gestão de Recursos Humanos. Tais práticas são de grande importância, pois, buscam atender igualmente às necessidades das pessoas que procuram ocupar postos de trabalho, bem como, visam responder às exigências do trabalho e das empresas. Num processo seletivo cabe ao profissional psicólogo avaliar as qualificações e competências de indivíduos. Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo geralinvestigar quais as práticas de recrutamento e seleção realizadas por psicólogos organizacionais e do trabalho que atuam no município de Palhoça. Para tal, foram elaborados os seguintes objetivos específicos: realizar um levantamento acerca da atuação do psicólogo organizacional e do trabalho; descrever as práticas desenvolvidas em recrutamento e seleção; verificar o conhecimento teórico específico utilizado por psicólogos organizacionais e do trabalho para a realização das práticas de recrutamento e seleção e analisar a relevância que o psicólogo organizacional e do trabalho aponta em relação às práticas de recrutamento e seleção. A fundamentação teórica da pesquisa apresentou aspectos relativos à história da psicologia organizacional e do trabalho; à atuação do psicólogo organizacional e do trabalho e às práticas de recrutamento e seleção. A pesquisa se caracteriza por ser exploratória e descritiva e seu delineamento como estudo multicasos. Como participantes, a pesquisa contou com quatro psicólogas organizacionais e do trabalho e utilizou-se de entrevista semiestruturada, composta por 16 questões. As entrevistas foram transcritas e os dados analisados com base na análise de conteúdo. Os resultados apontaram para uma atuação clássica quanto ao tripé: recrutamento, seleção e treinamento, exceto por uma psicóloga. Quanto à definição das práticas, ainda faz-se a busca por "mão de obra" e espera-se ter a "pessoa certa no lugar certo", denotando uma visão muito aquém do novo contexto organizacional que visa reconhecer o trabalhador não apenas como um recurso esgotável, assim como se objetiva ter a "pessoa certa na empresa certa" e alinhando valores entre si. Percebeu-se ainda uma diminuição do uso de testes psicológicos para o processo seletivo, prevalecendo o uso de entrevistas, dinâmicas, prova técnica e seleção por competência. Teorias comportamentais e noções administrativas guiam a atuação das psicólogas, e evidenciou-se que o aprofundado conhecimento acerca do comportamento humano se configura como o grande diferencial do psicólogo frente ao processo seletivo. Outro aspecto relevante observado trata da coresponsabilidade pela contratação de candidatos, ou seja, da descentralização do poder decisório do psicólogo. Desta forma, o processo seletivo torna-se compartilhado, assim como a responsabilidade quanto aos resultados deste. Evidenciou-se ainda, a preocupação expressada por algumas das psicólogas em como a decisão de um processo seletivo pode afetar toda a organização, ampliando a responsabilidade destas profissionais frente a outras pessoas envolvidas neste contexto. Verificou-se também que as psicólogas trazem implícito nas falas um grande senso de responsabilidade acerca de sua atuação em recrutamento e seleção e das implicações decorrentes deste processo.

Palavras-chave
Psicologia industrial, Pessoal - Recrutamento, Administração de pessoal
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