Incapacidade funcional gerada por dor em cirurgiões-dentistas que atuam no município de Biguaçu, Santa Catarina
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Data
2021-06-16
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Pereira, Gabriela
Orientador
Lima, Inês
Coorientador
Resumo
Introdução: A evolução tecnológica na área da Odontologia vem proporcionando a conquista de novos dispositivos e técnicas que facilitam o trabalho dos cirurgiões-dentistas. No entanto, a relação com a postura no trabalho diário fica relegada à segundo plano, ocasionando, na maioria das vezes, problemas de saúde que prejudicam não somente a atuação clínica em si, mas também a vida pessoal do profissional. Esses fatores podem contribuir para o surgimento transtornos musculoesqueléticos, podendo levar o profissional à incapacidade temporária ou permanente. Objetivo: avaliar a incapacidade funcional gerada por dor em cirurgiões-dentistas que atuam no município de Biguaçu, Santa Catarina. Método: A pesquisa foi caracterizada como um estudo exploratório, transversal de base quantitativa e descritiva, a qual teve como amostra 26 CDs vinculados à rede de saúde pública municipal de Biguaçu, e foi realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e Hospital Regional Helmuth Nass do referido município. Foram utilizados três instrumentos de coleta de dados: um questionário sociodemográfico e de dados profissionais, o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e o “Pain Disability Questionnaire” (PDQ). Os dados foram tratados por estatística descritiva e inferencial, com um nível de significância estipulado em p ≤ 0,05 e intervalo de confiança de 95% para todas as análises estatísticas. Resultado: Dentre os cirurgiões-dentistas, 42% (11) eram homens e 58% (15) mulheres, sendo a idade mais prevalente acima de 40 anos 58% (15). Constatou-se que 81% (21) relataram sentir dor em alguma parte do corpo, sendo o pescoço 46,2% (12), coluna lombar 38,5% (10), ombro 26,9% (7) e punho/ mão 23,1% (6) as regiões mais afetadas nos últimos 7 dias. O sexo feminino apresentou mais dor musculoesquelética que o masculino. Não foi encontrada associação significativa entre as horas de trabalho e a intensidade da dor. Conclusão: Foi encontrada incapacidade funcional gerada por dor em cirurgiões-dentistas do setor público do município de Biguaçu. Os resultados encontrados evidenciaram a necessidade de implementação de estratégias de promoção de saúde e prevenção de doenças ocupacionais voltadas para estes trabalhadores.
Descritores de saúde (3): Odontologia. Dor musculoesquelética. Saúde do trabalhador.
Palavras-chave
Odontologia, Saúde do trabalhador, Dor musculoesquelética