Avaliação da situação laboral em artrite reumatoide e sua associação com os desfechos clínicos relatados pelos pacientes (PROs)

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Data
2021-06-14
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Área do conhecimento
Ciências Biológicas
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Cremonese, Gabriela
Orientador
Pereira, Ivânio
Coorientador
Resumo
Resumo: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória crônica que causa poliartrite, a qual se não controlada leva a destruição articular irreversível. Além de uma piora na qualidade de vida, a AR determina limitação funcional e, consequentemente, prejuízo a capacidade de trabalho dos pacientes. Objetivo: Analisar a situação laboral na artrite reumatoide e a sua associação com os desfechos clínicos relatados pelos pacientes (PROs). Método: Estudo observacional transversal, no qual foi utilizado dados do banco multicêntrico “Artrite Reumatoide na Vida Real”. A população foi composta por 1116 pacientes com AR. As variáveis de interesse foram exportadas para uma planilha Microsoft Excel e analisadas pelo programa SPSS 24.0 (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Version 24.0). As variáveis categóricas estão descritas através de frequência absolutas (n) e relativas (%), enquanto as variáveis quantitativas são apresentadas através das medias e desvios-padrão ou pelas medianas e valores mínimos e máximos. A associação entre as variáveis categóricas foi realizada por meio do Qui-Quadrado, a relação das variáveis quantitativas por meio do teste de correlação de Spearman e a comparação pelo Kuskall Wallis. Foram consideradas significativas as diferenças quando valor de p≤0,05. Resultados: 89% dos pacientes eram do sexo feminino, com idade média de 55 anos, com tempo médio de 14,5 anos de sintomas da doença, 23,5% afirmaram que mudaram de situação ocupacional diante da sua limitação causada pela AR e 64% relatam ter a doença como a causa da sua situação empregatícia atual. Houve associação entre atividade da doença e piores desfechos de capacidade funcional avaliados no HAQ-DI com uma relação média de 0,523 (p<0,001), também em qualidade de vida com relação media de -0,288 no componente mental e -0,347 no físico pelo SF-12 (p<0,001) e 0,475 pelo SF-6D (p<0,001). Os empregados com vínculo empregatício formal apresentaram piores desfechos relatados pelos pacientes e maiores níveis de atividade da doença pelos instrumentos DAS-28, CDAI e SDAI. Conclusão: AR de longa duração e doença ativa determina mudança de situação empregatícia, o que se associa a pior qualidade de vida e capacidade funcional. Por isso, tratar comorbidades, como a fibromialgia, e adotar medidas não farmacológicas que incluam a adequação de ergonomia aos pacientes pode auxiliar na melhora da qualidade de vida e sua situação empregatícia.

Palavras-chave
Artrite reumatoide, Qualidade de vida, Desfechos relatados pelo paciente, Ocupação laboral
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