Efeitos do consumo de diferentes concentrações de frutose sobre parâmetros bioquímicos de camundongos

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Data

2018

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Carvalho, Anderson Cargnin

Orientador

Rezin, Gislaine Tezza

Coorientador

Resumo

Introduction: Urbanization has been dictating inadequate eating habits, with excessive consumption of sweetened drinks and high availability of fructose. From the different metabolic pathways involved in its excessive consumption, the involvement of brain regions has gained scientific relevance. In addition, a potential for fructose in biochemical changes and oxidative damage is observed. In this sense, the evaluation of biochemical alterations in the hypothalamus region and epididymal fat, in view of fructose consumption, may bring a better understanding of the evolution of some diseases with food involvement. Objective: To evaluate the effects of consumption of different fructose concentrations on biochemical parameters of mice. Methods: The experiment was based on water intake (ad libitum) with different fructose concentrations. Male Swiss mice were randomized into four groups, with exclusive intake of: water (H20 control), water + 5% fructose, water + 10% fructose and water + 20% fructose. The ration was common to all groups. Dietary intake and body weight were evaluated during the experiment. After 11 weeks the animals were euthanized for removal and analysis of visceral adipose tissue and hypothalamus. Results: There were no differences in body weight gain, but increased epididymal and visceral fat in fructose groups 10 and 20%. There was a tendency for increased oxidative damage to lipids in epididymal fat in fructose groups 10 and 20%, with alteration of mitochondrial respiratory chain complexes. In the hypothalamus fructose groups 10 and 20% presented oxidative damage, but without alteration of the mitochondrial respiratory chain. The same groups also showed a decrease in solid consumption and higher water intake. This contributed to the gradual increase in total fructose consumed. Conclusion: It was concluded that the consumption of higher amounts of fructose altered visceral fat deposition, were sufficient for mitochondrial changes in epididymal fat and increased oxidative damage in the hypothalamus.
Introdução: A urbanização vem ditando inadequações alimentares, com o consumo excessivo de bebidas adoçadas e grande disponibilidade de frutose. Das diferentes vias metabólicas envolvidas no seu consumo excessivo, o envolvimento de regiões cerebrais vem ganhando pertinência científica. Além disso, se observa um potencial da frutose em alterações bioquímicas e danos oxidativos. Nesse sentido, a avaliação de alterações bioquímicas na região do hipotálamo e na gordura epididimal, frente ao consumo de frutose, pode trazer um melhor compreendimento da evolução de algumas doenças com envolvimento alimentar. Objetivo: Avaliar os efeitos do consumo de diferentes concentrações de frutose sobre parâmetros bioquímicos de camundongos. Métodos: O experimento se baseou na ingestão hídrica (ad libitum) com diferentes concentrações de frutose. Camundongos Swiss machos foram randomizados em quatro grupos, com ingestão exclusiva de: água (controle H20), água + 5% de frutose, água + 10% de frutose e água + 20% de frutose. A ração foi comum a todos os grupos. Foram avaliados o consumo alimentar e o peso corporal, durante o experimento. Após 11 semanas os animais foram eutanasiados, para remoção e análise do tecido adiposo visceral e do hipotálamo. Resultados: Não foram observadas diferenças no ganho de peso corporal, mas aumento da gordura epididimal e visceral, nos grupos frutose 10 e 20%. Houve uma tendência ao aumento do dano oxidativo a lipídeos na gordura epididimal, nos grupos frutose 10 e 20%, com alteração dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial. No hipotálamo os grupos frutose 10 e 20%, apresentaram dano oxidativo, mas sem alteração da cadeia respiratória mitocondrial. Os mesmos grupos também apresentaram uma diminuição do consumo sólido e maior ingestão hídrica. O que contribuiu para o aumento gradativo do total de frutose consumida. Conclusão: Conclui-se que, o consumo das maiores quantidades de frutose, alteraram a deposição da gordura visceral, foram suficientes para alterações mitocondriais na gordura epididimal e aumentaram o dano oxidativo no hipotálamo.

Palavras-chave

Frutose, Hipotálamo, Gordura, Estresse oxidativo

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