Percepções de crianças com Síndrome de Down sobre si mesmas

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Data
2020
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Silveira, Luiza Ferraz Machado
Orientador
Langaro, Fabíola
Coorientador
Resumo
The Down Syndrome is a genetic alteration that represents around 25% of the cases of intellectual and developmental delay, happening approximately in every 1 of 700 births in Brazil. This essay is the outcome of a research carried out as a Psychology final thesis and it addresses the perceptions children with Down Syndrome have about themselves. To this end, it aimed to identify what comprehensions the children have about Down Syndrome; to verify how the children perceive their relationships with their families and/or guardians, as well as to understand aspects of the school trajectory of children with Down Syndrome from their narratives. This is a qualitative research, exploratory in nature and, in terms of procedure, a field study. The researcher conducted ludic interviews with two children with Down Syndrome, a 12-year-old girl and an 11-year-old boy, that she met through a parents’ group in the Region of Greater Florianopolis. The data collected during the interviews were analyzed, being organized and discussed into two categories: self-perception; and relationship with the world and the others. The results obtained show that the children perceive themselves as children, without specific markers for their identity, as the fact of them being children with Down Syndrome was not present in any part of their discourse. During the interviews, both children addressed matters of their daily life, tastes, preferences and experiences, revealing a way of life not crossed by the syndrome. As this work made possible the expression in the first person of the participants about themselves, it is clear the importance of understanding the constitution of children with Down Syndrome from the relationships they establish with other people and the environment, such as it is brought by the social model of deficiency.
A Síndrome de Down é uma alteração genética que representa cerca de 25% do número de casos de atraso intelectual e atraso no desenvolvimento, com uma incidência aproximada no Brasil de um a cada 700 nascimentos. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso de Psicologia com o objetivo de conhecer as percepções que crianças com Síndrome de Down têm sobre si mesmas. Para isso, buscou-se identificar quais compreensões as crianças possuem sobre a Síndrome de Down; verificar como as crianças percebem as suas relações com os seus familiares e/ou responsáveis, bem como conhecer aspectos da trajetória escolar das crianças com Síndrome de Down a partir de suas narrativas. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter exploratório e, no que se refere aos procedimentos, foi um estudo de campo. Foram feitas entrevistas lúdicas com 2 crianças com Síndrome de Down, uma menina de 12 anos e um menino de 11 anos de idade que foram encontradas através de um grupo de pais e mães da Região da Grande Florianópolis. Os dados coletados nas entrevistas foram submetidos a uma análise de conteúdo, tendo sido organizados e discutidos em duas categorias: Percepções de si; e Relação com o mundo e com os outros. Os resultados obtidos apontam que as crianças se percebem como crianças, sem marcadores específicos para suas identidades, uma vez que não apareceu em suas falas o fato de serem crianças com Síndrome de Down. Nas entrevistas, ambas abordaram questões de seus cotidianos, gostos, preferências e experiências, revelando um modo de estar na vida que não aparece atravessado pela Síndrome. Desse modo, tendo, então, a pesquisa oportunizado a expressão em primeira pessoa dos participantes acerca de si mesmos, fica evidente a importância de compreender a constituição de crianças com Síndrome de Down a partir das relações que elas estabelecem com as pessoas e com o meio, aproximando-se de uma abordagem do modelo social da deficiência.

Palavras-chave
Trissomia do 21,, Síndrome de Down, Deficiência intelectual.
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