Decorrências da ausência de encontro presencial na psicoterapia mediada por TICs, durante a pandemia da Covid-19, percebidas por psicólogas e psicólogos clínicos

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Data
2020
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Zeferino, João Marcos Mazzini
Orientador
Viecili, Juliane
Coorientador
Resumo
A psicoterapia on-line proporcionou que, durante a quarentena da COVID-19, a população não ficasse restringida de acesso aos recursos de promoção em saúde mental. Nesse contexto, a presente pesquisa, classificada como descritiva, objetivou avaliar as decorrências da ausência do encontro presencial na psicoterapia mediada pelas TICs, percebidas por psicólogos e psicólogas clínicos durante a pandemia da COVID-19. Participaram da pesquisa 111 profissionais de 16 diferentes estados do Brasil, que responderam a um questionário em formulário eletrônico. Verificou-se que 54,1% dos participantes não havia atendido on-line antes da quarentena. Os dados coletados nas questões fechadas foram tratados por meio de estatística descritiva, em planilhas eletrônicas, e os dados das questões abertas foram tratados no software Iramuteq. O contato físico direto com o paciente possui uma função relevante para a maioria dos profissionais, pois 66,7% considerou ser desvantajosa sua impossibilidade pela internet. A principal vantagem mencionada, na psicoterapia on-line, foi o atendimento ao paciente estando fora da cidade, e a principal desvantagem foi sobre a privacidade que os pacientes dispõem durante as sessões. Dentre os casos impeditivos para se atender remotamente, os relacionados a suicídio foram os mais comentados. Sobre vínculo terapêutico, considerando a ausência do encontro presencial, a maioria dos profissionais não percebeu alteração nas questões sobre confiança no processo, percepção de respeito, concordância do paciente com o tratamento proposto e sobre a empatia. Em relação aos novos pacientes atendidos apenas on-line, 50,9% não percebeu diferença no tempo para o desenvolvimento do vínculo, e sobre os pacientes que já eram atendidos presencialmente, 73,8% consideram que a manutenção do vínculo foi possível sem que houvesse esforço para a adaptação. Com relação aos procedimentos de intervenção a maioria não percebeu alteração nas questões sobre o conforto na condução da sessão, controle dos processos, engajamento do paciente, desinibição do paciente, expressão de emoções pelo paciente e no levantamento de hipóteses diagnósticas. Sobre comunicação, a maioria não percebeu alteração quanto a sua forma de se expressar, à comunicação verbal, à escuta e à compreensão da queixa, bem como na compreensão por parte do paciente. No entanto, sobre a comunicação visual, 55,9% consideraram que fica prejudicada. Em relação aos resultados do tratamento a maioria dos participantes não percebeu alteração no alcance e no tempo para os resultados, ou no abandono do tratamento.

Palavras-chave
Psicoterapia on-line, Psicoterapia mediada por TICs, Contato físico na psicoterapia
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