Da teoria à prática: discursos de inteligência emocional na gestão de equipes
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Data
2020
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Johann, Eloisa Deloss
Orientador
Bartilotti, Carolina Bunn
Coorientador
Resumo
A expressão inteligência emocional vem ganhando espaço nos ambientes de trabalho,
porém, no âmbito científico não ganhou espaço na mesma proporção. Este estudo buscou
identificar o que está sendo compreendido pelos gestores como inteligência emocional e a
importância que os mesmos atribuem a demonstração desse tipo/forma de inteligência por sua
equipe no cotidiano de trabalho. Sendo esta temática tão presente no mundo laboral, a
inteligência emocional pode ser exigida de muitos trabalhadores poderão ser exigidos das
mesmas, e a compreensão e produção discursiva deste conceito pelo gestor podem influenciar
no modo como as relações de trabalho se estabelecem e afetam os sujeitos. Estes são
apontamentos essenciais para compreender as novas exigências nas relações de trabalho e a as
implicações destes discursos no cotidiano. A presente pesquisa é de natureza qualitativa, os
objetivos foram descritivos, o corte da pesquisa foi transversal e no que se refere ao
delineamento, classificou-se na modalidade estudo de caso. A coleta de dados foi realizada com
cinco gestores de empresas de tecnologia utilizado como instrumento um roteiro de entrevista
semiestruturada. Dos resultados da pesquisa, os gestores compreendem inteligência emocional
a partir de suas experiências individuais, sem uma definição teórica conceitual, mas com
similaridades aos conceitos dos pensadores Goleman e Mayer e Caruso. Os gestores identificam
que a inteligência emocional impacta nos relacionamentos de trabalho e produtividade. As
demonstrações de inteligência emocional de sua equipe são percebidas nas mais diversas
situações cotidianas que envolvem conseguir discordar, expor suas inquietações, se posicionar
em momento adequado, de maneira calma, clara e aberta ao diálogo. Foi mencionado também
que medo e nervosismo que impedem a comunicação, é um déficit de inteligência emocional.
Das posturas que os gestores dizem adotar e acreditar que contribuem para a promoção de
inteligência emocional da equipe, estão a empatia, o feedback e cuidado com a saúde mental.
Uma visão sensível ao humano e sua subjetividade é dita como importante para a atuação do
gestor contribuir com a inteligência emocinal de seus liderados. A teoria é apenas uma
ferramenta para auxiliar a enxergar situações de novas formas. E é com este cuidado que a
inteligência emocional e as situações cotidianas nas relações de trabalho precisam ser olhadas
para tornar o trabalho um molde de subjetividades controladas.
Palavras-chave
inteligência emocional, gestão de pessoas, equipe de trabalho