Violência sexual e adesão ao protocolo de atendimento de um hospital do sul do Brasil

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Data
2019
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Ribeiro, Maria Gabrielle
Orientador
Trevisol, Fabiana Schuelter
Coorientador
Resumo
Introduction: Sexual violence is a difficult phenomenon to understand, and has traumatic consequences for those who suffer the aggression, including unwanted pregnancies, and sexually transmitted infections. Adherence to the protocol of care is fundamental for the effectiveness of prophylaxis, as well as monitoring the treatment of the victim in order to reduce further damage caused by rape. Objectives: Describe the cases of sexual violence, identify the characteristics of victims and aggressions, adherence to chemoprophylaxis and serological collection in a General Hospital of Southern Brazil. Methods: A historical cohort study which the victims of sexual assault files of compulsory notification (from the appointments) were analyzed. The records stored in the Infection Control Service (SCIH) and fed to SINAN between January and December of 2017 were reviewed as well. Results: During the years of the study, 118 people looked for a hospital care for sexual violence. The average age of the reported victims was 14 (IQ 12.25), ranging from 1 to 78 years of age. Regarding the sociodemographic characteristics of the victims of sexual violence, the reports were predominant among women (84.7%), white race (83.9%), low education with 0-8 years of schooling (43,2%), single (63.6%). Rape was the most reported type of sexual violence (80.5%). In general, the totality of the aggressors were male adults, known or close to the victim, with a single aggressor predominating in more than 75.4% of the sexual violence cases. While 90.7% of the victims adhered to the first moment of the care protocol, only 5.9% had adherence to all the proposed follow-up. Conclusion: The low adherence to the protocol of care increases the health risks and chance of sequel by the injury, requiring other strategies of the services for continuity of prophylactic and therapeutic actions.
Introdução: A violência sexual é um fenômeno de difícil compreensão e produz consequências traumáticas para quem sofre a agressão, incluindo gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis. A adesão ao protocolo de atendimento é primordial para a efetividade da profilaxia, bem como seguimento ao tratamento da vítima com o objetivo de reduzir maiores danos causados pelo estupro. Objetivo: Descrever os casos de violência sexual, identificar as características das vítimas e da agressão, adesão à quimioprofilaxia e as coletas sorológicas em um Hospital Geral do Sul do Brasil. Métodos: Estudo de delineamento de coorte histórica em que foram analisadas as fichas de notificação compulsória de vítimas de violência sexual, dos atendimentos no referido serviço. Foram revisadas as fichas armazenadas no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e alimentados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre janeiro de 2007 e dezembro 2017. Resultados: Nos anos em estudo, 118 pessoas procuraram atendimento hospitalar por violência sexual. A mediana de idade das vítimas notificadas foi de 14 (IQ 12,25), variando de 1 a 78 anos de idade. Em relação às características sociodemográficas das vítimas de violência sexual, verificou-se que as notificações foram predominantes entre as mulheres (84,7%), raça branca (83,9%), baixa escolaridade com 0 a 8 anos de estudo (43,2%), solteiro(a) (63,6%). O estupro foi o tipo de violência sexual mais notificado (80,5%). Em geral, a totalidade dos agressores foram adultos do sexo masculino, conhecido ou próximo da vítima, com predomínio de um único agressor em mais de 75,4% das violências sexuais. Enquanto 90,7% das vítimas aderiram ao 1º momento do protocolo de atendimento, apenas 5,9% tiveram adesão a todo o seguimento proposto. Conclusão: A baixa adesão ao protocolo de atendimento aumenta os riscos à saúde e chance de sequelas pelo agravo, sendo necessária outras estratégias dos serviços para ações de continuidade das ações profiláticas e terapêuticas.

Palavras-chave
Antirretrovirais, Notificação de doenças, Violência sexual
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