Inconsistências medicamentosas em hospital no sul do Brasil: a importância da reconciliação medicamentosa na segurança do paciente

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Data

2016

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Soares, Alessandra de Sá

Orientador

Trevisol, Fabiana Schuelter

Coorientador

Resumo

Introduction: Inconsistencies in drug prescriptions are of great concern in hospitals because they pose risks to patients and increase health care costs. Objective: To estimate the prevalence of inconsistent medication prescriptions to adult patients admitted to a hospital located in southern Santa Catarina. Method: This was a cross-sectional study on patients recruited between October 2015 and June 2016. The participants were interviewed and had their medical records reviewed. Inconsistent drugs were considered those that did not match between the list of medicines taken at home and the prescribed drugs for treatment in a hospital setting. Results: Of the 394 patients included in the sample, 98.5% used continuous medication at home, with an average of 5.5 medications per patient, whereas 100% of hospitalized patients used continuous medications, with a mean of 9.2 medications per patient. Inconsistencies totaled 80.2%, of which 64.5% refer to medications that were neither prescribed in the hospital nor taken by the patient; 22.2% were not prescribed in the hospital, but taken by the patient or administered by a family member; 12.0% were prescribed in duplicate, and 1.3% were cases in which nurses failed to administer the medication as prescribed. Metformin was the most neglected drug among the prescriptions. Conclusion: The medication reconciliation service could identify 80.2% of prescriptions with drug inconsistencies. The independent variables associated with the inconsistencies were the following: systemic arterial hypertension, vascular disease, number of medications taken at home, and partial history of the medication in the medical record.
Introdução: As inconsistências nas prescrições medicamentosas são um problema nos hospitais, acarretam riscos aos pacientes e aumentam os custos da atenção à saúde. Objetivo: Estimar a prevalência de inconsistências medicamentosas presentes nas prescrições de pacientes adultos internados em um hospital localizado no Sul de Santa Catarina. Método: Estudo transversal. Os pacientes foram recrutados entre outubro de 2015 a junho de 2016. Os pacientes foram entrevistados e tiveram seus prontuários médicos revisados. Foi considerado inconsistência a incompatibilidade entre a lista de medicamentos utilizados em domicílio e a prescrição dos medicamentos utilizados para o tratamento em ambiente hospitalar. Resultados: Dos 394 pacientes que fizeram parte da amostra, 98,5% utilizavam medicamentos de uso contínuo em seus domicílios com média de 5,5 medicamentos por paciente e 100% utilizaram medicamentos no ambiente hospitalar, com média de 9,2 medicamentos por paciente. A frequência de prescrições que continham inconsistência foi de 80,2%: 64,5% dos medicamentos não foram prescritos no hospital e não foram administrados pelo paciente/acompanhante; 22,2% dos medicamentos não foram prescritos, mas foram administrados pelo paciente/acompanhante; 12,0% foram medicamentos prescritos em duplicidade e 1,3% dos medicamentos foram omitidos por não administração da enfermagem. A metformina foi o medicamento mais negligenciado nas prescrições. Conclusão: A reconciliação medicamentosa foi um serviço capaz de identificar 80,2% de prescrições com inconsistências medicamentosas. As variáveis independentes associadas às inconsistências foram hipertensão arterial sistêmica, doença vascular, número de medicamentos consumidos no ambiente domiciliar e histórico parcial do medicamento no prontuário.

Palavras-chave

Reconciliação de medicamentos

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