O funcionamento da autoria na escrita coletiva de estudantes de ensino médio inovador: espaço de negociação

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2016
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Linguística, Letras e Artes
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Fuchs, Giseli Fuchter
Orientador
Daltoé, Andréia da Silva
Coorientador
Resumo
The purpose of this search is to consider the possibility of create coletive texts produced with studentes from Ensino Médio Inovador (EMI)1 based at Analysis of French Discourse (AD) involving experiments outside class room. Whereas that the purpose of EMI is to prompt new away to learn outside school, in the first time, it was proposed to school a Project envolving pupils together around an activity outside the class room resulting in knowledge and in a special point: textual productions for analysis of authorship. In this research the concept of authorship exceed the idea of simple signature on a text produced in the classroom. The project was developed with students from EMI in a school in southern Santa Catarina appreciating the knowledge around the school from elders narratives in the city. After this, it was started the analysis about writings from each activity made, it was necessary to think about the authorship in a coletive process at textual productions. It was necessary yet to think about the interference between school and comunity at textual productions. It was used, for analysis, pieces of verbal materiality ( spoken and written), recordings conversations of pupils during the process of production, textual productions and radio recordings developed from pupils iniciative. Possenti (2002) help us to understand the idea of textual production using collective-subject. According Possenti, the “evidences of authorship” at textual materiality show us that groupal texts doesn’t happens with a sum of sentences, because before there is an according of ideas for build the text.So, each participator contributes with their own experiences for the text, thus, collaborative work excceds the simple union of words and builds a unique textual plot. It’s possible to perceive that the dissemination of knowledge through the negotiation process and actions allows us to build a more meaningful writing. The authorial writing of EMI students exceeds, according Furlanetto (2008), more polysemic levels because promotes possibilities textual and joints. The student's authorship building process presupposes experiences that were only made possible by the experiences beyond the school's physical limits, corroborating with Gallo (2012), when says about symbolic limits.
Pretendemos compreender, por meio da Análise do Discurso de linha francesa (AD), como/se é possível pensar a autoria em produções textuais coletivas de alunos de Ensino Médio Inovador (EMI), quando envolvidos em uma proposta de escrita que extrapole o espaço da aula. Considerando que a proposta de EMI prevê que os estudantes percorram outros espaços educativos, primeiramente sugerimos, junto à escola, um projeto que envolvesse os alunos coletivamente em torno de uma atividade que extrapolasse os muros da escola e que resultasse, entre outras coisas, em produções textuais que possibilitassem nossa investigação sobre a autoria. Nesta pesquisa, a noção de autoria ultrapassa uma visão de sujeito responsável pela assinatura de um texto como forma de cumprir uma tarefa escolar. O Projeto foi desenvolvido, então, com estudantes de EMI em uma escola da região sul do Estado de Santa Catarina, cuja proposta objetivava a valorização dos saberes que estão no entorno da escola, a partir das narrativas dos idosos da comunidade. Após a implementação do projeto, passamos a analisar, nas práticas de escrita resultantes de cada atividade, como seria possível pensar o processo de autoria na produção textual coletiva dos alunos e que interferência produziria a relação escola e comunidade do seu entorno. Para a análise, recortamos materialidade verbal (oral e escrita), gravações das conversas dos alunos durante a produção do texto, produções textuais e gravações radiofônicas de iniciativas desenvolvidas pelos alunos. Para compreender como o sujeito da escrita coletiva produz autoria, analisamos, a partir de Possenti (2002), os “indícios de autoria” na materialidade textual, o que permitiu compreender que a escrita do texto coletivo não acontece por meio de uma soma de frases ou recortes, uma vez que há uma negociação que antecede o trabalho da construção textual, por meio de um processo colaborativo. Isto é, cada participante contribui, a partir de suas vivências, para a escrita do texto e, nesse trabalho de colaboração, são feitas costuras que atravessam os dizeres de um e de outro, diluindo-se na malha textual. A escrita autoral, como sinaliza o processo de negociação, é efeito do envolvimento com a divulgação do conhecimento que, quando mobilizada para além dos muros da escola, permite construir uma escrita mais significativa. A escrita autoral dos alunos de EMI supera, segundo Furlanetto (2008), patamares de autoria, desde níveis parafrásticos, quando se diz da mesma forma, a níveis mais polissêmicos, quando se promovem articulações textuais abrindo a possibilidades de dizer. O processo de construção da autoria destes alunos pressupõe vivências de escrita que foram possibilitadas por uma transposição de fronteiras físicas da escola, potencializando, com isso, o que Gallo (2012) denomina fronteiras simbólicas.

Palavras-chave
Autoria, Ensino Médio Inovador, Escrita Coletiva, Divulgação do Conhecimento
Citação