Intoxicações ocupacionais por agrotóxicos: um estudo ecológico
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Data
2020
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Engenharias
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Piaia, Eduarda
Orientador
Magajewski, Flavio Ricardo Liberali
Coorientador
Resumo
Especially after the 1950s, with the encouragement of the so-called Green Revolution, the use
of agrochemicals became increasingly widespread. Nowadays, the annual worldwide
consumption of these products reaches 2 million tons, which generates several environmental
and public health problems. Among the individuals most affected by the intoxication risks
associated with the use of agrochemicals are rural workers. They often have little schooling and
aren’t properly oriented to the use of personal protective equipment. The objective of this work
is to study the records associated with acute and chronic occupational intoxication caused by
the use of agrochemicals, identifying the socio-demographic profile of the victims, using data
from exogenous intoxications recorded at SINAN in the years 2009 to 2014 in the state of Santa
Catarina. The variables toxic agent, sex, race, education, age group, type of pesticide, type of
intoxication, city, type of exposure, route of exposure and evolution were analyzed. Among the
results obtained, it was observed that the majority of intoxications are in males. Regarding race,
the majority of notifications refer to whites. The education of most cases is incomplete
elementary school. The age range of workers is between 20 and 49 years old, corresponding to
the fraction of the economically active population. The main type of agrochemicals that
generated the intoxications was the herbicide. The city of Santa Catarina with the highest
number of cases was Rio do Campo, in the Itajaí Valley, which has tobacco as its main crop.
An alternative to reduce agrochemicals intoxications is agroecology, whose food cultivation
system allows for greater productivity without using agrochemicals.
Principalmente após os anos 1950, com o incentivo da chamada Revolução Verde, o uso de agrotóxicos passou a ser cada vez mais difundido. Atualmente, o consumo anual mundial destes produtos chega a 2 milhões de toneladas, o que gera diversos problemas ambientais e de saúde pública. Dentre os indivíduos mais afetados pelos riscos de intoxicação associados ao uso de agrotóxicos estão os trabalhadores rurais, que diversas vezes possuem pouca escolaridade e não são devidamente orientados ao uso de EPIs. O objetivo deste trabalho é estudar os registros associados à intoxicações ocupacionais agudas e crônicas provocadas pelo uso de agrotóxicos, identificando o perfil sociodemográfico das vítimas, utilizando-se dados de intoxicações exógenas registrados no SINAN nos anos de 2009 a 2014 no estado de Santa Catarina. Foram analisadas as variáveis agente tóxico, sexo, raça, escolaridade, faixa etária, tipo de agrotóxico, tipo de intoxicação, cidade, tipo de exposição, via de exposição e evolução. Dentre os resultados obtidos observou-se que a maioria das intoxicações está em indivíduos do sexo masculino. Com relação à raça, a maioria das notificações diz respeito à brancos. A escolaridade da maioria dos casos é de ensino fundamental incompleto. A faixa etária dos trabalhadores está entre 20 e 49 anos, correspondendo à fração da população economicamente ativa. O principal tipo de agrotóxico que gerou as intoxicações foi o herbicida. O município de Santa Catarina com maior número de casos foi Rio do Campo, no Vale do Itajaí, que possui como principal cultivo o fumo. Uma alternativa para a diminuição das intoxicações por agrotóxicos é a agroecologia, cujo sistema de cultivo de alimentos permite uma maior produtividade sem utilizar agrotóxicos
Principalmente após os anos 1950, com o incentivo da chamada Revolução Verde, o uso de agrotóxicos passou a ser cada vez mais difundido. Atualmente, o consumo anual mundial destes produtos chega a 2 milhões de toneladas, o que gera diversos problemas ambientais e de saúde pública. Dentre os indivíduos mais afetados pelos riscos de intoxicação associados ao uso de agrotóxicos estão os trabalhadores rurais, que diversas vezes possuem pouca escolaridade e não são devidamente orientados ao uso de EPIs. O objetivo deste trabalho é estudar os registros associados à intoxicações ocupacionais agudas e crônicas provocadas pelo uso de agrotóxicos, identificando o perfil sociodemográfico das vítimas, utilizando-se dados de intoxicações exógenas registrados no SINAN nos anos de 2009 a 2014 no estado de Santa Catarina. Foram analisadas as variáveis agente tóxico, sexo, raça, escolaridade, faixa etária, tipo de agrotóxico, tipo de intoxicação, cidade, tipo de exposição, via de exposição e evolução. Dentre os resultados obtidos observou-se que a maioria das intoxicações está em indivíduos do sexo masculino. Com relação à raça, a maioria das notificações diz respeito à brancos. A escolaridade da maioria dos casos é de ensino fundamental incompleto. A faixa etária dos trabalhadores está entre 20 e 49 anos, correspondendo à fração da população economicamente ativa. O principal tipo de agrotóxico que gerou as intoxicações foi o herbicida. O município de Santa Catarina com maior número de casos foi Rio do Campo, no Vale do Itajaí, que possui como principal cultivo o fumo. Uma alternativa para a diminuição das intoxicações por agrotóxicos é a agroecologia, cujo sistema de cultivo de alimentos permite uma maior produtividade sem utilizar agrotóxicos
Palavras-chave
Agrotóxicos, Intoxicações, Trabalhador rural