Análise da adequação da prescrição da nutrição enteral em relação a desfechos clínicos em pacientes críticos de uma UTI

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Data

2018

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Rosa, Beatriz Camilo da

Orientador

Walczewski, Mayra da Rosa Martins

Coorientador

Resumo

Introdução: Pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão propensos à desnutrição e a longos períodos em jejum. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) visa minimizar os efeitos do hipercatabolismo nestes pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar se adequações calóricas e proteicas possuem relação com mortalidade e alta na UTI. Método: Estudo de Coorte com pacientes internados na UTI entre junho e dezembro de 2017, maiores de 18 anos, que utilizaram a TNE por mais de 72 horas. Admissões por trauma ou pós-cirúrgico não foram incluídas. Obteve-se dados como idade, gênero, IMC, diagnóstico na admissão da UTI, calorias e proteínas prescritos e infundidos, adequações proteica e calórica, desfecho (alta da UTI ou óbito), tempo de internação na UTI, tempo para início da TNE, tempo de TNE, linfócitos na semana do desfecho, PCR na admissão. Os dados foram analisados pelo software SPSS 20.0®, sendo significativos os valores de p < 0,05. Resultados: Foram obtidos dados de 147 pacientes. A prevalência foi do gênero feminino, com média de idade de 68,73±14,19 anos. O desfecho mais prevalente foi o óbito (56,5%). O tempo médio para iniciar a TNE foi de 19,31 horas. A quantidade de proteína prescrita esteve em desacordo com as diretrizes atuais. A prevalência de pacientes em adequação do prescrito vs. infundido de calorias e proteínas foi de 85% e 78,9%, respectivamente. Verificou-se que os pacientes que foram a óbito apresentaram médias de idade e de tempo de permanência na UTI significativamente maiores do que os que obtiveram alta. Os pacientes que demoraram mais de 48 horas para iniciarem a TNE tiveram mais chances de possuírem inadequação proteica. Conclusão: Este estudo não conseguiu demonstrar que a adequação do prescrito vs. infundido de proteínas e calorias teve associação com desfechos clínicos na UTI.

Palavras-chave

Nutrição enteral, Terapia nutricional, Unidades de Terapia Intensiva, Cuidados críticos, Desnutrição proteico-calórica, Mortalidade

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