Relação entre a variabilidade da corrida nos saltos horizontais e construtos psicológicos

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Data

2022

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

de Paula Moura, Larissa

Orientador

Ferreira Brandão, Maria Regina

Coorientador

Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar a relação entre a variabilidade da corrida nos saltos horizontais, a regulação emocional, o autocontrole, os estados de humor e o estresse percebido comparando por sexo e prova, em situação de treino e de competição. Foram avaliados 10 atletas de atletismo de alto rendimento, das provas de saltos horizontais, de ambos os sexos, com média de idade de 27,14 (±4,25) anos. Os atletas responderam a três questionários (Escala Breve de Autocontrole, Questionário de Regulação Emocional e Escala de Humor de Brunel), e a Escala Visual Analógica de Percepção do Estresse antes de sessões de treinamento e de competições. A variabilidade da corrida foi mensurada nas sessões de treinamento e nas competições por análise de vídeo, identificando os seguintes indicadores: perdas na tábua, porcentagem de saltos nulos, grandeza do maior erro acumulado, localização do maior erro, grandeza absoluta do ajuste até a tábua, porcentagem de ajuste até a tábua e velocidade média de abordagem. Os dados foram reportados por suas médias e desvios-padrão. O teste “t” de Student foi utilizado para comparar por sexo, prova (salto em distância e salto triplo) e situação (competição e treino). A relação entre as variáveis foi investigada por meio do coeficiente de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de p < 0,05, e o tamanho do efeito foi representado pelo d de Cohen. Considerando o grupo total não houve diferença estatisticamente significante entre as provas na maioria das variáveis. Quando os resultados são comparados por sexo observou-se que o sexo feminino apresentou maiores valores para tensão e depressão, e o masculino para velocidade e início da fase de ajuste em situação de competição. A situação de competição foi diferente da de treino, com a tendência de apresentar maior vigor, menos fadiga e confusão, início dos ajustes mais precoce, menos tentativas nulas e velocidade da corrida de aproximação mais alta. A regulação emocional apresentou correlação negativa com a depressão em competição no sexo feminino, enquanto um maior autocontrole mostrou correlação com a menor incidência de saltos nulos. Conclui-se que diferentes aspectos da variabilidade da corrida de aproximação estão relacionados com determinados construtos psicológicos. As mesmas estratégias de regulação emocional e de treinamento da corrida de aproximação podem ser usadas no salto em distância e no salto triplo, embora o sexo possa exigir a busca de soluções diferentes, como no que diz respeito ao uso de ferramentas de regulação emocional para modular o fator depressão em mulheres. Notou-se a necessidade de incluir sessões de treinamento onde sejam simuladas as demandas da competição, particularmente buscando o início precoce da fase de ajuste.

Palavras-chave

atletismo, salto em distância, salto triplo, corrida de aproximação, regulação emocional, autocontrole

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