Piovezan, Anna PaulaVentura, Letícia2023-03-272023-03-272022-11-30https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/32568Introdução: A exposição a algum agente ambiental como o lipopolissacarídeo (LPS) durante o período gestacional pode levar a uma ativação imune materna (AIM) sendo esse evento um potente risco para o desenvolvimento do transtorno do espectro autista (TEA), caracterizado por déficits nas interações sociais, comunicação, aumento do comportamento ansioso e repetitivo sendo atrelados também quadros de disbiose. A exacerbação de quadros comportamentais do TEA pode estar relacionada a alterações gastrointestinais devido a comunicação do eixo microbiota-intestino-cérebro.Visto a possível relação dos quadros, essa via é sinalizada como um potente modulador do microbioma intestinal através do transplante de microbiota intestinal (TMI) que consiste na transferência do conteúdo fecal de um doador saudável para um receptor. Objetivo: Avaliar a atuação da AIM e o possível benefício do TMI sobre parâmetros comportamentais relacionados ao TEA em camundongos. Métodos: Realizado TMI na prole de fêmeas C57BL/6 que foram submetidas ao protocolo de ativação imune materna no 15º dia gestacional através da aplicação intraperitoneal de LPS. O protocolo de TMI foi realizado na prole com 14 dias de vida e com 28 dias foram analisados parâmetros dos comportamentos tipo ansioso, sociabilidade e movimentos estereotipados. Resultados: Camundongos descendentes de AIM e que passaram pela intervenção de TMI apresentaram aumento da sociabilidade, aumentos do tempo de permanência no centro do aparato e diminuição dos movimentos estereotipados, diferente da prole sem intervenção. Conclusão: Os dados sugerem o benefício que a modulação da microbiota intestinal para o tratamento do TEA, com melhora de parâmetros comportamentais relacionados a esta doença.60 fptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilComportamentoDisbioseMicrobiota intestinalTransplante de microbiota fecalTranstorno do espectro autistaTese