Bastos, VivianeDaniel, Amália Assanga Bittencourt2021-12-202021-12-202021-12-14https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/20387Resumo: Além da família, a escola é outra instituição em que as pessoas mais têm contato. É cada vez mais presente na vida das pessoas, auxiliando no desenvolvimento de habilidades sociais. Mesmo sendo uma instituição secular, existem cenários nas instituições de ensino que permanecem estáticas, principalmente situações de violência e para que manter estas práticas, é necessário legitimidade e cumplicidade daqueles que correspondem a comunidade que o frequenta, tanto dos funcionários e profissionais, como dos alunos e familiares. Dentre essas situações, é denunciada uma forma de violência, a simbólica, que corresponde a ações de violação que acontecem de maneira não-explícitas, onde o sujeito não percebe, ou considera como violência. Na escola, há diferentes manifestações de determinados tipos de violência, e os professores neste contexto desempenham papel fundamental no emaranhado de relações, cumprimento de normas e exigências, que poderiam denotar como sendo violentas. Nesse sentido, é proposto pensar as violências ocorridas no contexto escolar a partir do proposto por Hannah Arendt, por meio da Teoria da Banalidade do Mal, em que explica sobre ações consideradas inadequadas praticadas por pessoas comuns sem reflexão das consequências. Assim, a presente pesquisa busca fazer relação entre a Teoria da Banalidade do Mal, de Hannah Arendt, e as ações dos docentes frente aos discentes, com o objetivo de investigar como as ações dos docentes podem ser entendidas como violência, a partir da Teoria da Banalidade do Mal. O método utilizado teve caráter qualitativo, exploratório e bibliográfico, com a análise de fontes de informação primárias e secundárias, com a pesquisa em bases de dados (Scielo, Lilacs, Bireme e Portal Periódicos CAPES), e livros escritos por Hannah Arendt que abordam a Teoria da Banalidade do Mal e/ou questões vinculadas ao universo acadêmico. Nos resultados da pesquisa foi possível identificar como as culturas escolares possibilitam que ocorram violências no ambiente acadêmico, principalmente o que é analisado como a violência simbólica, que ocorre através de práticas neutras e que reverberam intra e extramuros escolares, e que de certo modo, influenciam o sujeito discente. Essas práticas também correspondem à autoridade e punição de condutas desviantes dos alunos, e embora algumas das atitudes não sejam pensadas pelos educadores, são eles que as colocam em prática, e por isso são considerados os agentes. Frente a Teoria da Banalidade do Mal de Hannah Arendt, foi possível analisar que existe a irreflexão dos educadores e demais funcionários do ambiente escolar, assim como Arendt traz sobre a ação de diversos oficiais nazistas, que não possuíam ideologias e convicções específicas contra aqueles que o Estado alemão perseguia. Assim, as ações docentes podem ser analisadas dentro da Teoria da Banalidade do Mal, porque a teoria e seus fundamentos têm a possibilidade de serem aplicadas em outros contextos e de indivíduos que podem ter suas personalidades e ações exploradas dentro do contexto da Banalidade do Mal. Palavras-chave: Teoria da Banalidade do Mal - Docência; Violência na escola – Psicologia escolar.26 f.ptAtribuição-SemDerivados 3.0 BrasilTeoria da Banalidade do MalDocênciaViolência na escolaPsicologia EscolarA Teoria da Banalidade do Mal de Hannah Arendt no contexto da educação: uma análise das ações das ações docentes frente aos discentes.Artigo Científico