Rocha, Luciano Daudt daPereira Júnior, Vanderlei Duarte2023-07-132023-07-132023-06-13https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/35857Mesmo em um contexto em que a comunidade internacional é representada pelas organizações internacionais e pelo direito internacional, com instrumentos legais e políticos para reconhecer e proteger os direitos dos povos indígenas, a perpetuação da violência para com esses povos segue marcando a história latino-americana até o presente momento. Este artigo busca compreender como a negação histórica da humanidade e a inferiorização dos povos indígenas pelos colonizadores espanhóis e portugueses continuam a impactar os Direitos Humanos na atualidade. Inicia-se contextualizando a situação do povo Yanomami e relacionando-a com a histórica subalternização e desumanização imposta aos povos indígenas da América pelos colonizadores europeus. Segue para a problematização dos Direitos Humanos, dos preceitos iluministas que os orientam, baseados na epistemologia ocidental vista, e imposta como universal. Finalmente, debate-se a epistemologia Yanomami como contraposta a epistemologia ocidental, utilizando para isso os debates do chamado giro decolonial. As considerações finais apontam para o fato de que a epistemologia Yanomami é capaz de incitar novas interpretações sobre as relações entre as pessoas e dessas com a natureza, bem como oferecer uma visão de Direitos Humanos não baseada no ideário iluminista-capitalista.20 f.ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilGiro decolonialDireito dos povos indígenasTerra indígena YanomamiComunidade InternacionalPara além das dimensões modernas: um chamado Yanomami a partir das diretrizes internacionais de direitos humanos no giro decolonial latino-americanoArtigo Científico