Garcia, DouglasBarreto, Patrícia Antônio Fortunato2022-12-152022-12-152022-12-15https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29352Em toda a história da comunidade surda, diversos paradigmas de relação pautaram a exclusão e, posteriormente, a inclusão dessa população na sociedade. O acesso universal à saúde é compreendido pela Constituição Federal como um direito que abrange a todas as pessoas nas diversas camadas de promoção, proteção e recuperação da saúde, normatizado pela Lei 8080/90 e regulamentado através do Decreto 5.626/05 que estipula a inclusão plena das pessoas surdas na assistência à saúde em todas as esferas. No entanto, o cenário atual ainda apresenta lacunas importantes de acessibilidade dentro do Sistema Único de Saúde que inviabilizam o cuidado à pessoa surda e, portanto, incoerentes com seus princípios e diretrizes. O objetivo dessa pesquisa foi caracterizar a percepção de usuários surdos que se comunicam exclusivamente por Libras acerca dos desafios no acesso ao SUS, na região da Grande Florianópolis. O método de pesquisa se enquadra em estudo de campo por meio da aplicação de uma entrevista semiestruturada, realizada através de um roteiro com 12 questões, abordando: (a) aspectos sociodemográficos; (c) aspectos de comunicação no SUS; (d) aspectos de tecnologia; e (e) intersetorialidade das políticas públicas. Esse roteiro foi aplicado com cinco participantes surdas adultas (20-35 anos de idade), com surdez total, usuárias do SUS e que se comunicam exclusiva ou majoritariamente por Libras, algumas em processo de alfabetização no idioma. Foi possível identificar que a barreira em comunicação é transversal à experiência da pessoa surda nos serviços em saúde e, embora não seja o único, é representada como o principal fator de exclusão desse público.27 f.ptAtribuição-NãoComercial 3.0 BrasilSurdezAcessibilidadeSistema Único de SaúdeArtigo Científico