DUTRA, LucianoVANONI, Matheus Madeira2024-01-092024-01-092023-12https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/39993São José tem por base histórica e cultural as conexões físicas e imateriais com o mar, oriundas dos povos indígenas e posteriormente continuadas de forma colonial entendendo a terra e o mar como meio de cultivo e tradição. Tal característica com o passar do tempo vem se afastando do cotidiano da população, fazendo com que haja o rompimento da base histórica da cultura e a criação de uma nova identidade desconexa com a história local. A cultura é pautada de atividades que envolvem as condições geográficas da área. Assim como, nas demais regiões do globo o homem molda o meio e sofre suas consequências, sendo moldado pelo mesmo, bem como, sua moral e ética. As atividades ligadas ao mar são provas de que o mesmo sustentou famílias que prosperaram nesta terra e criaram novos conhecimentos. O contato com mar é símbolo de um povo já esquecido pela colonização e recentemente pela urbanização desequilibrada. Partindo desta análise, a concepção de requalificação e resgate de um espaço cultural se apresenta de forma importante diante dos pensamentos cotidianos de cidadania. Frente a esta problemática de identidade cultural de São José, o ponto de partida Arquitetônico busca a tipologia adequada para tal situação, e acomoda a ideia de revitalização (devolver vida ao que foi esquecido) e integração de uma escola de remo, símbolo de resistência cultural através do esporte em contato com o mar. A palavra Regata de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa está relacionada com as técnicas desportivas de conduzir embarcações com o condicionamento ideal para navegar dentro de um percurso de prova delimitado por boias e raias. Dentre os diversos modelos de embarcações utilizados para as regatas, destacam-se neste documento as embarcações a remo. A escola receberá o nome de IGARATÉ, que traduzido da linga Tupi-Guarani, significa, Canoa, fazendo referência aos povos originários e ao esporte das regatas com barcos a remo que se assemelham a canoas. Relembrando de uma época esquecida onde a prática do remo era símbolo de uma cidade diretamente ligada ao mar, estando presente estes símbolo nos Clubes Náuticos ainda existentes e operantes, sendo eles, Clube Náutico Riachuelo, Clube de Regatas Aldo Luz e Clube Náutico Francisco Martinelli, com o intuito de ser ofertado a todos, com preferência aos alunos de escolas públicas da região, estimulando o esporte e resguardando a cultura. A área a receber as intervenções arquitetônico localiza-se na ponta sul da Orla da Beira Mar de São. Local onde se encontra as instalações do rancho de pesca de pescadores locais. A criação de uma escola de remo juntamente com a requalificação do rancho de pesca, configura um espaço dinâmico com a interação do esporte, trabalho, cultura, lazer e natureza de forma equilibrada.10ptAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilremorequalificaçãoescolaBeira Mar de São JoséRequalificação dos ranchos de pesca e implementação da escola de remo Igaraté na Beira Mar de São JoséArtigo Científico