Nery, Luisa Aguiar da SilvaHames, Mayara Seemann2020-07-082020-11-292020-07-082020-11-292020https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/9383Objective: To identify whether the prenatal self-perceived quality might be used as a marker of the offered and recommended technical quality. Methods: A cross-sectional study was carried out in a reference hospital in the southern region of Brazil, between July and December 2019, involving patients admitted to the puerperium nursery. Information on self-perceived prenatal quality was achieved from the Prenatal Care Quality Questionnaire (QPCQ), such as technical, sociodemographic and clinical-obstetric information. An adjusted model by Poisson regression was carried out, considering significant all variables with a p-value < 0.05, in order to identify associated factors with a poor self-perceived quality and an inadequate technical quality of prenatal care. Self-perceived and technical quality of prenatal care were correlated by the Pearson's correlation coefficient and the Kappa coefficient. Results: The study involved 220 puerperal women, 51.9% of whom had a positive self-perception of the quality of prenatal care and 54.7% had a prenatal considered technically inadequate. Women aged 35 or older were 14% more likely [PR 1.14 (95% CI 1.02-1.27)] to perform an inadequate prenatal care (p = 0.026). A negligible positive correlation (r = 0.249; p <0.001) and weak agreement (k = 0.154; p = 0.024) between the self-perceived quality and the technical quality of prenatal care were demonstrated. Conclusion: To reduce perinatal results, technical criteria should prevail as quality markers of a service, once it is not correlated to the self-perceived quality of the prenatal care.Objetivo: Identificar se a qualidade autopercebida do pré-natal pode servir como indicador da qualidade técnica ofertada e preconizada. Métodos: Foi realizado estudo transversal em uma maternidade de referência da região Sul do Brasil, entre julho e dezembro de 2019, envolvendo pacientes admitidas na enfermaria de puerpério. Foram obtidas informações sobre a autopercepção da qualidade do pré-natal por meio do Questionário de Qualidade da Assistência Pré-natal (QPCQ), além de informações técnicas, sociodemográficas e clínico-obstétricas. Utilizou-se um modelo ajustado por regressão de Poisson, considerando significativas as variáveis com valor de p < 0,05, a fim de identificar fatores associados à qualidade autopercebida ruim e à qualidade técnica inadequada da assistência pré-natal. A autopercepção e a qualidade técnica do pré-natal foram correlacionadas por meio do coeficiente de correlação de Pearson e do coeficiente Kappa. Resultados: O estudo envolveu 220 puérperas, sendo que 51,9% tiveram uma autopercepção positiva da qualidade do atendimento pré-natal e 54,7% apresentaram um pré-natal considerado tecnicamente inadequado. Mulheres com 35 anos ou mais, apresentaram 14% maior probabilidade [RP 1,14 (IC95% 1,02-1,27)] de realizarem um pré-natal inadequado (p=0,026). O estudo mostrou correlação positiva desprezível (r = 0,249; p < 0,001) e concordância fraca (k = 0,154; p = 0,024) entre a qualidade autopercebida e a qualidade técnica do atendimento pré-natal. Conclusão: Para a redução dos resultados perinatais negativos, os critérios técnicos devem prevalecer como marcadores da qualidade de um serviço, por não haver correlação com a qualidade autopercebida do pré-natal.16 f.pt-BRAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilCuidado pré-natalQualidade da assistência à saúdeAutopercepçãoA autopercepção como método ineficaz de avalição da qualidade técnica da assistência pré-natalSelf-perception as an ineffective method of assessing the technical quality of prenatal careArtigo Científico