SOARES, Thiago Coelhosouza, Claudemir José de2024-05-162024-05-160024-04https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/42457A presente pesquisa apresenta uma teoria substantiva relativa ao processo de implementação do ESG em cooperativas de crédito do Brasil. O estudo foi realizado entre os anos de 2022 à 2024, ao longo de 17 meses de imersão nos dados. A presente pesquisa utilizou como framework conceitual a Teoria dos Stakeholders e como abordagem metodológica a Grounded Theory, tendo como base o modelo paradigmático de Corbin e Strauss (2015) alinhado com o construtivismo de Charmaz (2009) e os modelos Marchi (2014), Uhlman (2017), Werlang (2018) e Medeiros (2021). Neste contexto, para responder a questão de como ocorre o processo de implementação do ESG nestas instituições e quais são as condicionantes externas e internas, as ações e interações e as consequências e resultados deste fenômeno, buscou-se atender aos objetivos desenvolvendo um modelo teórico explicativo acerca do fenômeno e para isso, atendeu-se aos objetivos específicos através da fundamentação metodológica da Grounded Theory que subsidiou o processo utilizado para a geração da teoria substantiva relativa ao fenômeno, identificando os drivers (condicionantes externos e internos) e as barreiras para o processo de implementação e revelando as relações entre os condicionantes, estratégias (ações/interações) e as consequências/resultados emergentes e, na sequência da pesquisa retornou-se a literatura científica para descrever os paralelos entre a teoria substantiva gerada e a literatura. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com 19 gestores de cooperativas de crédito e cruzados com os demais materiais disponibilizados ao longo do processo de imersão no locus de pesquisa. Um conjunto de categorias emergiu dos dados juntamente com 18 proposições relativas ao processo de implementação do ESG nas cooperativas de crédito que dialogam com a literatura científica. A teoria substantiva gerada possui como condicionantes externas e internas: “Princípios do Cooperativismo”, “Desenvolvimento Sustentável”, “Mudanças Regulatórias/Normativas e de Políticas Públicas”, “Ecossistema Cooperativista e Financeiro”, “Cultura e Pessoas”, “Alta Direção (executivos e gestores)”, “Riscos e Oportunidades”, “Ações ESG pré-existentes no sistema” e “Disponibilidade de Recursos Financeiros, Humanos e Tecnológicos”; enquanto que as ações e interações são: “Integrando o ESG na Estratégia”, “Realizando Benchmarking e realizando parcerias estratégicas”, “Trabalhando a educação, formação e a informação sobre o ESG (gestores e colaboradores)”, “Construindo a Matriz de Materialidade”, “Monitorando ESG: definindo objetivos, metas, estratégias e métricas” e “Formalizando, registrando e divulgando as práticas ESG” e as consequências/resultados do fenômeno analisado conforme destacados: a) alinhamento estratégico sustentável sistêmico; b) aperfeiçoamento da gestão de stakeholders; c) gestão de riscos ESG e fortalecimento da resiliência organizacional; d) fortalecimento da cultura organizacional; e) aprendizado contínuo e conscientização sobre ESG; f) aprimoramento da transparência e comunicação; g) avaliação e monitoramento da Jornada ESG; e h) inovação em processos, produtos e serviços financeiros sustentáveis. Após a validação da teoria substantiva e o retorno à literatura, concluiu-se que a tese ampliou o entendimento quanto ao processo de implementação do ESG nas cooperativas de crédito quando sistematizou os condicionantes, as ações/interações e as consequências/resultados e apresentou, de forma estruturada, conjunta e detalhada, um modelo empírico conceitual.497ptAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilEnvironmental, Social and Governance (ESG)Grounded TheoryModelo de Negócio SustentávelProcesso de implementação do ESGCooperativas de CréditoTese