BARBOSA, Elane da SilvaARAÚJO, Leandro Cândido deSILVA, Márcio de AraújoPEREIRA, Susana Luiza Araújo Marcolino2024-07-242024-07-242024-06https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/45243Nos últimos anos, mesmo com o aumento da prática de exercícios físicos, tem crescido de forma exponencial o número de sujeitos com obesidade, principalmente no público infantil. Buscando uma resposta para o que está acontecendo, Gentil (2011) pesquisou sobre a evolução da espécie humana e identificou que, durante o processo evolutivo, o ser humano passou por várias alterações no metabolismo, de modo que a genética não acompanhou todas essas modificações. Os primeiros ancestrais da espécie humana viviam predominantemente em árvores, com a disponibilidade de alimento de baixa densidade calórica, como é o caso das frutas, e não faziam esforço físico. Ao longo dos anos, em virtude das mudanças climáticas, as árvores foram diminuindo e as frutas foram ficando cada vez mais escassas e, para sobreviver até obter o próximo consumo alimentar, o metabolismo humano começou a economizar energia, tornando-se mais lento cerca de 20% (Gentil, 2011). Atualmente, entretanto, a alimentação encontra-se cada vez mais calórica, por meio de alimentos processados e ultra processados. Somando-se a isso, com o avanço da tecnologia e o uso de telas, as crianças tornaram-se mais sedentárias, sem as brincadeiras que exigiam um gasto calórico, o que contribuiu para o aumento da obesidade infantil (Schaan et al., 2019) Nesse sentido, um dos maiores problemas da obesidade infantil refere-se ao acúmulo de gordura abdominal, o que provoca um processo inflamatório generalizado em decorrência do predomínio da liberação de citocinas pró-inflamatórias, como: TNF, resistina, inibidor do ativador de plasminogênio e interleucina 1, em relação às citocinas anti-inflamatórias (Silva et al., 2019), podendo desencadear uma série de doenças crônicas degenerativas por causa de disfunções ocasionadas no organismo. Dentre as principais, destaca-se a intolerância à glicose, a qual pode desencadear diabetes mellitus (DM) tipo 2 (Simão et al., 2020). O DM tipo 2 trata-se de doença crônica que afeta o sistema metabólico por causa do acúmulo de glicose no sangue e que, aos poucos, provoca danos em alguns órgãos como: coração, olhos, rins e vasos sanguíneos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais sintomas são fome e sede constantes, e poliúria, que é a vontade de urinar com frequência. Além da visão embaçada, formigamento nos pés e mãos, somando-se à demora na cicatrização de feridas. Apesar desse tipo de diabetes acometer com maior predominância adultos, em virtude da resistência à insulina, a obesidade infantil pode favorecer o aumento de casos de DM tipo 2 (Simão et al., 2020). Nesse contexto, estudar sobre essa temática mostra-se pertinente por fomentar subsídios científicos acerca da temática, além de instigar a necessidade de plano de políticas públicas atuando em sinergismo com escolas e famílias, promovendo um trabalho conjunto para mudança de hábitos alimentares e uma vida mais ativa por meio da prática regular de exercícios. Isso porque a obesidade infantil é uma doença multifatorial e precursora para as outras doenças crônicas degenerativas e, por isso, deve ser tratada como um problema de Saúde Pública (Kleinendorst et al., 2020). Adicionalmente, é de suma relevância o nutricionista conhecer os problemas que a obesidade pode ocasionar e, dessa forma, promover uma conscientização da população para um acompanhamento desde os primeiros anos de vida. Sendo assim, objetiva-se, neste estudo, compreender a relação da obesidade infantil com a DM tipo 2.11ptAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazildiabetes mellitusdietaobesidade infantilexercício físicoObesidada Infantil e sua relação com o diabetes tipo II: uma revisão integrativa.Artigo Científico