Bartilotti, CarolinaMagdalena, Ana2022-12-152022-12-152022-12-14https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29329desde 1943 ano em que o autismo foi descrito pela primeira vez até a atualidade, observa-se o crescimento no número de casos diagnosticados como autismo; este crescimento torna necessário que a ciência avance buscando novas formas de auxiliar no desenvolvimento e na promoção de bem-estar para os sujeitos acometidos por ele. Em 1990 nasce nos Estados Unidos o Developmental, Individual Difference, Relationship-based (DIR) e sua principal técnica o Floortime, um novo modelo para compreender e promover desenvolvimento de pessoas com desafios de aprendizagem. O objetivo da pesquisa é então identificar conhecimento dos psicólogos acerca das evidências científicas do modelo, identificando se os recursos utilizados são eficazes em suas práticas e listar os motivos de escolha dos profissionais. A pesquisa teve corte transversal, com delineamento de estudo de caso, realizando um estudo aprofundado e detalhado de um único objetivo. De natureza e abordagem qualitativa, realizando uma interpretação e atribuição de significados aos resultados que foram obtidos por meio de três entrevistas semiestruturadas com profissionais de psicologia que usam o modelo com crianças com autismo. O instrumento possuía 19 perguntas e foram feitas por meio de entrevista on-line, a análise das respostas foi realizada através da análise de conteúdo de Bardin. Através da coleta de dados foi possível identificar que as profissionais tiveram acesso durante a formação do modelo a pesquisas científicas que atestavam que através do DIR® era possível atingir objetivos terapêuticos com crianças com autismo e desenvolver as habilidades necessárias delas, as evidências foram apresentadas através de artigos científicos, estudos de casos e vídeos. A experiência em suas práticas clínicas também apareceu para colaborar com isso. Outra constatação da pesquisa foi que para acompanhar a evolução dos seus pacientes as entrevistadas estabeleçam estratégias para tal, combinando supervisões com outros profissionais, instrumentos, análises de vídeos e observação da criança. O DIR® é um modelo ainda pouco conhecido no Brasil, e a investigação dos motivadores que levaram as entrevistadas a escolherem pelo modelo como prática concluiu-se que foram as características do modelo como por exemplo propor intervenções considerando as singularidades de cada criança, apostar em uma técnica lúdica, a valorização da iniciativa da criança, a possibilidade de aplicação em vários contextos e causas foram alguns destes motivadores. A pesquisa também constatou que existia uma grande dificuldade de os profissionais brasileiros acessarem a literatura do DIR® em português, já que grande parte da produção estava em inglês, foi preciso adotar estratégias para contornar essa dificuldade, como a formação de grupos de estudos e traduções coletivas. O The International Council on Development and Learning (ICDL) foi apontado muitas vezes como uma instituição referência e a fonte principal de busca por conhecimentos acessado pelas profissionais entrevistadas.24ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilAutismoDIRFLOORTIMEArtigo Científico