Vanderlei BrasilDivana Schutz2023-05-172023-05-172022-12https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/32881Esta pesquisa apresenta uma discussão acerca das formas como mulheres casadas compreendem a prática de swing. Tendo em vista a problemática, a pesquisa caracteriza as dinâmicas e regras da prática entre casais, além de dissertar sobre as razões causais que promovem as escolhas pelo swing, bem como as formas que casais se inserem nas comunidades praticantes e os sentimentos que emergem entre eles. No que tange ao papel social da mulher, a investigação apresenta o modo como questões de gênero se manifestam nas comunidades praticantes de swing a partir de entrevistas com mulheres, objetivando responder ao seguinte problema de pesquisa: qual a compreensão de mulheres casadas sobre a prática do swing? A pesquisa realizada possui natureza qualitativa, objetivo exploratório e foi delineada como um estudo de casos. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada, para a qual foram selecionadas dez mulheres casadas, praticantes de swing com seu cônjuge ou parceiro. Entre os principais resultados analisados destaca-se: as expressões femininas sobre a prática de swing apesar de revelarem algumas permanências de uma dinâmica patriarcal e objetificação do corpo feminino em favor das preferências masculinas, revelam também avanços nas relações conjugais, desconstrução de tabus, maior empoderamento das mulheres e quebras com modelos tradicionais de sexualidade. Com base no relato de algumas entrevistadas, é possível apontar que em muitos momentos tais práticas parecem servir e dar mais centralidade aos homens na medida em que impõem limites à mulher com o sexo oposto e muitas vezes reduzem suas participações ao atendimento do prazer masculino, reiterando um direito que deveria na maioria das vezes ser horizontal. Contudo, foi possível observar o quanto essa prática foi positiva para a relação conjugal das entrevistadas, tendo como alguns pontos identificados: o aumento do diálogo, confiança e interação do casal que busca se relacionar no swing, estreitamento dos laços conjugais e promoção do empoderamento da mulher. Dessa forma para as entrevistadas, a prática foi benéfica e decisiva para manter o relacionamento vivo e ativo, ainda que todos os envolvidos tivessem que se dispor a ceder, entender o parceiro e respeitar os limites para que o processo funcionasse. A pesquisa concluiu que as perspectivas e experiências apresentadas pelas dez entrevistadas, em diálogo com literatura, apontam para relações de gênero assimétricas na prática de swing, refletindo modelos tradicionais associados à família e estruturas patriarcais que carecem de superação e atenção pelos estudos da Psicologia.24ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilsexualidAdes dissentesmulheres no swingA experiência e compreensão de mulheres casadas sobre a prática de swing.Artigo Científico