Pretto, ZuleicaAguiar, Renata Polidoro2021-12-202021-12-202021-12-07https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/20346Estudar a identidade racial branca é uma necessidade na busca por combater o racismo estrutural existente na sociedade brasileira. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa foi o de compreender a percepção de pessoas autodeclaradas brancas sobre a influência da condição racial na formação de sua identidade. Foram entrevistados quatro homens autodeclarados brancos, com idades entre 40 e 52 anos, que tenham cursado o ensino médio em escola particular na cidade de Florianópolis. Caracterizada como uma pesquisa qualitativa, exploratória de campo, contou com entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados através do método de interpretação de sentidos. A partir dos conceitos do pacto narcísico de Maria Aparecida Bento e de branquitude de Lia Schucman foi possível identificar, nas percepções dos participantes, algumas características da identidade racial branca na cidade de Florianópolis. Os espaços na cidade mostraram-se cindidos pela via racial, seja nas posições de maior poder econômico, seja na própria distribuição da cidade, que perpetua o que Achille Mbembe chama de necropolítica. Ainda assim, foi possível encontrar movimentos de microrrevoluções, pessoas brancas que ressignificaram sua branquitude e buscam romper com o pacto narcísico existente, chegando ao conceito de pa[r]to narcísico. Esta pesquisa trata-se de mais uma voz, corroborando tantas outras, que busca identificar alternativas e possibilidades para a criação de uma sociedade justa e igualitária, não sendo capaz de esgotar a complexidade do tema.32 f.ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilBranquitudePacto NarcísicoNecropolíticaMicrorrevoluçãoArtigo Científico