Montiel, José MariaBRITES, Cintia Gonçalves de Mesquita2024-04-262024-04-262023-09-21https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/42099Diante do avanço da idade, torna-se essencial a existência de rede de apoio, pois o envelhecimento resulta em maiores chances de vulnerabilidade, o que acarreta o aumento de riscos à pessoa idosa, sendo a família uma alternativa nesse sentido. O enfrentamento da responsabilidade do cuidado frente ao idoso provoca mudanças na vida do cuidador. Portanto, compreendê-lo torna possível entender como esse sujeito associa o cuidado em relação a si e ao outro. O presente estudo justifica-se pela carência de literatura sobre a temática, especialmente quanto à percepção do cuidador familiar de pessoas idosas em relação à sua qualidade de vida, no âmbito físico, psíquico e emocional. Objetivou-se a associação entre o cuidado prestado por cuidadores familiares, suas próprias demandas, necessidades e sua qualidade de vida frente à situação do cuidado da pessoa idosa. Método: participaram deste estudo 20 pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 59 anos, que fossem cuidadoras familiares de pessoas idosas. Este estudo caracteriza-se como descritivo de corte transversal, cuja premissa é identificar relações entre o ato de cuidar de pessoas idosas com necessidade de atenção e os aspectos pessoais do cuidador. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico, um questionário semiestruturado, a escala de avaliação de atividades avançadas de vida diária, a avaliação de qualidade de vida pelos fatores Control, Autonomy, Self-realization and Pleasure (CASP-19) e os fatores de autonegligência pela escala de autonegligência. Os dados obtidos na coleta foram analisados com o auxílio de softwares estatísticos, e tais análises descritivas e inferenciais foram apresentadas visando identificar o desempenho dos participantes. Os resultados obtidos mostram que a escala de qualidade de vida CASP-19 e a escala de autonegligência não apresentam resultados negativos na qualidade de vida e no autocuidado dos participantes. Com o questionário semiestruturado foi possível predizer que 30% dos participantes apresentaram sentimentos de raiva, 50% de tristeza, 40% de medo e 90% de algum tipo de preocupação nos últimos seis meses. Os achados podem ser considerados de impacto na qualidade de vida do cuidador. Dessa forma, é oportuno destacar que as demandas exigidas pelo cuidado geram efeitos nas emoções e nos sentimentos do cuidador que podem resultar em sobrecarga emocional, indicando possíveis alterações futuras nos aspectos de saúde e, consequentemente, na qualidade de vida do cuidador.48 F.ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilCuidadorIdosoFamiliarQualidade de vidaPercepção do cuidador familiar diante do idoso com necessidades de cuidadosDissertação