Santos Neto, Helena Iracy CerquizMoser, Laís Campos2016-11-302020-11-292016-11-302020-11-292010https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/11381Dentre as notícias sobre meio ambiente divulgadas nos últimos anos, o aquecimento global aparece como uma das pautas extremamente recorrentes. Não obstante, percebe-se certa uniformidade da mídia ao tratar desta questão, já que o enfoque é na maioria das vezes o mesmo e as fontes utilizadas repetem-se com muita frequência. Diante deste contexto, por meio dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso de corrente francesa, procurou-se verificar que sentidos a Revista Veja, não sendo especializada em divulgação científica, produz nessa cobertura. Sendo assim, estabeleceu-se como objetivos pesquisar o pré-construído e as condições de produção de tal cobertura, e identificar os atravessamentos discursivos presentes, as heterogeneidades, o dito, o não dito, os silenciamentos e os efeitos de sentido. Comprovou-se como hipótese que o viés sensacionalista é iminente nas matérias de Veja sobre o assunto, que pesquisadores contrários ao aquecimento global antropogênico são silenciados, e que há um deslizamento de sentidos entre duas épocas dessa cobertura, antes do climagate e três meses após esse acontecimento. Para análise comparou-se dois momentos da revista: parte do que foi publicado sobre mudanças climáticas no ano de 2006 e parte do que foi veiculado após o climagate. Concluiu-se que há um efeito de sentido sensacionalista na cobertura de 2006, uma retomada da memória da mídia por ela mesma durante parte das notícias publicadas após o climagate e, por fim, observou-se um deslizamento de sentidos três meses após esse episódio, tendo em vista que Veja produziu um apagamento do discurso anterior e a formulação de um novo discursopt-BRAcesso AbertoAnálise do discursoAquecimento globalO aquecimento global na revista VejaMonografia