Stotz, Maria do RosárioStein, Deise2016-11-302020-11-292016-11-302020-11-292011https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/10243Percebe-se que a pergunta O que quer uma mulher?, que permeou toda a obra de Freud, ainda não se estancou em pleno século XXI. Ainda hoje verifica-se o quanto a mulher busca o amor, e o quanto tal busca pode vir acompanhada de sofrimento. Esta pesquisa lança foco sobre o tema do amor, sob o prisma da teoria psicanalítica, perpassando novamente a inquietante pergunta de Freud, propondo-se a discutir as principais queixas relativas ao amor encontradas na clínica psicanalítica em mulheres, à luz da psicanálise freudiana. É uma pesquisa qualitativa, de delineamento bibliográfico, com caráter exploratório e descritivo. Como fontes de informação foram utilizadas três dissertações de mestrado, que retratam queixas por amor de mulheres dirigidas a clínica psicanalítica, nos últimos dez anos, sob a forma de relatos ou depoimentos. A categorização foi o método de análise de dados utilizado, sendo que as categorias tomaram forma no curso da análise, de acordo com os objetivos da pesquisa e atreladas à fundamentação teórica da mesma. A pesquisa delimita o conceito de queixa utilizado no trabalho, por considerar que o sujeito se queixa de algo que o faz sofrer, e na medida em que a queixa é falada, é que se pode vislumbrar um sintoma psicanalítico, proveniente da verdade de um sujeito falante. Na sequência, investiga-se as contribuições teóricas sobre o amor e sobre a feminilidade em textos de Freud. Depois, identifica-se as queixas relativas ao amor encontradas nos relatos constantes nas bases de dados consultadas, e segue-se a análise e discussão das mais recorrentes, à luz da psicanálise freudiana. Como conclusão, percebe-se que, na contemporaneidade, a maioria das queixas das mulheres na clínica psicanalítica se refere à insatisfação amorosa, decorrente, precipuamente, da busca por relacionamento idealizado, da baixa autoestima das mulheres, da acusação de insuficiência do parceiro, do conflito de papéis de homem e mulher, da dificuldade em se separar do parceiro, além da vivência da infidelidade. Tais insatisfações causam sofrimento, expressado por cada mulher de modo singular. Interessante se pensar que, mesmo que o amor não se constitua como desejado, ainda assim, as mulheres não desistem dele, lançando-se a um incessante movimento de demanda do amor do outro, apesar do sofrimento que poderá vir a acompanhá-lo. Tais constatações ratificam o quanto a teoria Freudiana é atual, pois, mesmo que os sintomas do amor na clínica contemporânea sejam diferentes do século XIX, a sua essência se mantém a mesmapt-BRAcesso AbertoAmor - Aspectos psicológicosPsicanáliseFeminilidadeO que quer uma mulher em relação ao amor?Monografia