Santiago, MagdaOsório, Marcos2021-12-202021-12-202021-07-12https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/20416Este artigo teve como objetivo confirmar se o tratamento dado pela mídia brasileira a negros e brancos, e a pessoas de condições socioeconômica diferentes, é desigual. Mais exatamente, como dois grandes portais de notícias – o G1 (Rede Globo) e o Portal R7 (Record), ambos de abrangência nacional – tratam os envolvidos em ocorrências criminais iguais ou parecidas, quando possuem cor de pele e classe social diversa. Ou seja, pretende-se confirmar se são “pesos iguais e medidas diferentes”, ou não, a partir da análise do discurso dos produtos jornalísticos selecionados. As categorias escolhidas foram os índices de avaliação (KOCH, 1992), o vocabulário usado para se referir aos suspeitos (MAINGUENEAU, 2008), e as referências à sua condição socioeconômica, juntamente com a observação crítica das imagens apresentadas. Após as análises das dez reportagens selecionadas, cinco em cada um dos dois portais, veiculadas entre 2015 e 2021, concluímos que esses programas noticiosos, de forma tanto implícita quanto explícita, referem-se de modo depreciativo aos suspeitos de raça negra e de classe socioeconômica mais baixa. Ao mesmo tempo, parecem preservar, por meio da escolha vocabular e das imagens, suspeitos de delitos parecidos, mas que têm a pele branca e melhor condição financeira.47ptAtribuição 3.0 BrasilRacismoPreconceito de classeG1R7Análise do DiscursoRacismo e mídia: pesos iguais e medidas diferentes: Análise de notícias dos portais G1 e R7 sobre a abordagem jornalística de acordo com a cor da pele e a condição socialArtigo Científico