FREIRE, Elisabete dos SantosMOREIRA, Vinícius dos Santos2024-02-092024-02-092023-10https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/41448Este autoestudo, tecido pela teoria de Paulo Freire e pelas minhas experiências como professor pesquisador, emerge a partir do reconhecimento dos desafios inerentes à implementação de propostas de avaliação das aprendizagens durante as aulas de Educação Física escolar, que permitam acompanhar a aprendizagem dos estudantes e favoreçam o processo de conscientização. As políticas de avaliação implementadas no Brasil, com excesso de avaliações externas, a ineficiência das propostas de formação continuada, somadas às concepções tradicionais de avaliação da área, criam uma cultura avaliativa nas escolas que tende a classificar as crianças, com a reprodução de propostas avaliativas competitivas, expressas por meio de testes, provas ou análise de momentos pontuais das aulas e pouco contribuem para que professores e professoras, alunos e alunas, ressignifiquem seus conhecimentos. Almejando subverter essa lógica, o objetivo desta tese foi construir e analisar, junto com os estudantes, a avaliação da aprendizagem nas aulas de Educação Física escolar e identificar como essa construção coletiva impacta nosso processo de conscientização. Para possibilitar a produção de informações sistemáticas que permitissem repensar, reinterpretar e acessar valores implícitos à própria prática, este autoestudo foi realizado em uma escola da cidade de Santo André – SP, com 22 estudantes do quinto ano do ensino fundamental e contou com a colaboração de outro professor pesquisador que teve a função de amigo crítico. O entrelaçar desse processo se deu pela associação de diferentes instrumentos como: plano de ensino, notas de áudio, diários reflexivos, entrevistas semiestruturadas com estudantes, atividades produzidas durante as aulas e reunião com amigo crítico. A análise foi realizada a partir da triangulação das informações, com a utilização da análise temática, que se desdobrou em três temas: concepções em transitividade; dialogicidade dos processos avaliativos; despertar para mediação participativa da avaliação. Os desdobramentos desse processo mostram um movimento de trânsito das consciências que resultaram na ressignificação da minha prática-político-pedagógica e melhor compreensão de nosso processo de conscientização. Compreendi que é preciso manter postura vigilante contra atitudes e ações antidialógicas que nos escapam diante dos processos avaliativos e dos conhecimentos que as crianças expressam por meio das avaliações e as crianças demonstraram terem ampliado suas concepções e significados sobre a função das avaliações. Diante disso, passo a defender que é necessário inverter a lógica que prioriza as avaliações externas, para priorizar as avaliações da aprendizagem construídas por professores e estudantes mantendo seu caráter dialógico. Ao serem planejadas em colaboração, se faz necessário prever momentos de experiências significativas para as crianças, como compartilhamentos das experiências e seus aprendizados com a comunidade escolar e seus familiares, ou a partir experiências com jogos, brincadeiras, produção de figurinhas, produções artísticas, danças, apresentações teatrais, vídeos, produção de livros, gibis, álbuns, charges, entre outros, pois permitem além de revelar os aprendizados, a construção de novos conhecimentos.156 f.ptAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilAvaliaçãoConscientizaçãoEducação Física EscolarAutoestudoConscientização e Avaliação da Aprendizagem na Educação Física Escolar: um AutoestudoAwareness and Assessment of Learning in School Physical Education: a Self-StudyTese