NAVARRO, Bruno AlbertROCHA, Pedro Gomes2024-01-232024-01-232023-12https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/40949Os Mesoeucrocodylia surgiram Jurássico Inferior e representam uma das mais bem-sucedidas linhagens de répteis. Juntamente com as aves, esse grupo compreende as únicas linhagens sobreviventes do clado Archosauria. Mesoeucrocodilianos exibem uma vasta diversidade taxonômica ao longo do intervalo do Mesozóico e Cenozóico, ocupando diferentes nichos ecológicos e exibindo dietas bastante díspares, compreendendo desde formas hipercarnívoras, até espécies onívoras e herbívoras. Adicionalmente, o grupo adaptou-se aos mais variados habitats, com formas exibindo hábitos totalmente terrestres, como também semiaquáticos e aquáticos, incluindo de ambiente marinho. Em contraste, sua diversidade atual é bastante restrita, representada apenas por formas semiaquáticas hipercarnívoras ou piscívoras, como gaviais, crocodilos, aligátores e caimões. Em relação a abundância de seu registro fóssil, diversos espécimes desses animais são encontrados no Brasil, principalmente em depósitos da Bacia Bauru. O registro fóssil de mesoeucrocodilianos da Bacia Bauru é bastante rico, incluindo desde formas terrestres (como os Baurusuchidae, Notosuchidae, Sphagesauridae e Peirosauridae), quanto formas semiaquáticas (como os Itasuchidae). Contudo, o entendimento sobre a anatomia e evolução do grupo está majoritariamente baseado em descrições de elementos cranianos, elencando um papel secundário aos elementos pós-cranianos. Assim, este estudo tem como objetivo fornecer uma descrição detalhada da osteologia de elementos pós-cranianos de um novo espécime de Mesoeucrocodylia da Bacia Bauru, bem como inferir suas relações de parentesco e possível alocação taxonômica. Este estudo se faz necessário devido à carência de descrições pós-cranianas de Crocodyliformes, contribuindo assim para uma compreensão mais ampla da anatomia e das relações filogenéticas desses animais.24ptAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilCrocodyliformesitasuchidaefilogeniataxonomiadiversidadeArtigo Científico