Traebert, Jefferson LuizCureau Miechuanski, Pauline2021-08-102021-08-102021-04-05https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17226Introdução: O fenômeno da violência obstétrica não tem um conceito único e na maioria dos países não é definido em termos legais, dificultando seu reconhecimento e prevenção. Essa forma de violência pode ser ativa ou passiva, relacionada a comportamento de indivíduos ou às condições do sistema de saúde. Estratégias alternativas esbarram no modelo de atenção predominante, focado no médico, no uso rotineiro de intervenções e desvalorização de aspectos psicossociais do parto. Objetivo: Identificar o construto da violência obstétrica bem como seus fatores influenciadores e protetores. Métodos: Revisão sistemática da literatura relatando fatores qualificados como violência obstétrica, abuso ou desrespeito à mulher no momento do parto, bem como aspectos que levam à satisfação com o parto e outras percepções a respeito do momento. Foi realizada uma metassumarização e metassíntese qualitativa dos resultados. Resultados: Foram selecionados 161 artigos. Desses, 75% foram publicados entre os anos de 2016-2020 e apresentaram uma distribuição global com maiores índices de pesquisas na América do Sul, América Central e Caribe (29%) e África (25%). O termo mais frequente descrevendo o fenômeno foi “violência obstétrica” (33%). Descrevem-se aqui os subtipos componentes do evento e os fatores protetores para sua ocorrência encontrados na literatura. Abuso físico, cuidado não consentido e cuidado não digno foram os fatores descritos com maior frequência. Conclusão: A violência obstétrica tem sido negligenciada mesmo que amplamente difundida, resultando em sérios entraves na saúde pública. A conscientização da existência do fenômeno e todos os seus fatores ocasionadores e influenciadores por parte da equipe profissional, gestores e políticos pode ser o início de ações com o fim de aprimorar a assistência obstétrica em todo o mundo. Ações que transmitam orientações às pacientes e seus familiares podem melhorar o vínculo entre aqueles que exercem a obstetrícia e a população assistida.41 f.ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilPartoObstetríciaViolênciaAbusoPercepçãoViolência obstétrica: uma realidade negligenciadaObstetric violence: a neglected realityDissertação