Lopes, Ana Maria PereiraMachado, Gislaine Santos2016-11-302020-11-292016-11-302020-11-292009https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/10330Dados do IBGE apontam que os índices, referente ao número de separações no Brasil vêm aumentando consideravelmente. Assim, esta pesquisa emerge da necessidade de se conhecer de forma mais aprofundada a realidade das mulheres que passam pela ruptura da relação conjugal. Esse tema é abordado em meio a um cenário de dualidades de paradigmas a respeito da re-configuração dos papéis femininos, do casamento e de estruturas familiares, que resultam de construções norteadas por códigos sociais, estigmas culturais e contexto histórico. O objetivo deste estudo é caracterizar os enfrentamentos vivenciados por mulheres no processo de ruptura do relacionamento conjugal. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, que pretende identificar os sentidos atribuídos na ótica de mulheres que vivenciam situações de separação. Esta pesquisa teve como delineamento a pesquisa exploratória. Para realizar a coleta de dados, optou-se pela utilização de uma entrevista semi-estruturada. Os dados foram coletados junto a um grupo de quatro mulheres, na faixa etária de 30 a 41 anos, usuárias do Serviço de Atenção à Saúde da Mulher da Unidade Básica de Saúde Bela Vista, em Palhoça/SC. Os dados foram organizados a partir de categorias a posteriori e analisados à luz da teoria Sistêmica. Os principais resultados desse estudo apontam para questões de conflitos, que se dão no âmbito psicossocial feminino e que surgem mediante as demandas conjugais e da separação. As mulheres optam pelo casamento de modo idealizado, e o modelo que seguem é o convencionado pela sociedade. Dentre os enfrentamentos experienciados com a separação, emergem como sendo primordiais as condições de reestruturação de vida e o suporte familiar, que se refletem nas instâncias emocionais e estruturais das informantes. No âmbito emocional, as mulheres sofrem com a sua separação e pela separação dos filhos de seus respectivos pais. As mulheres trabalham ainda mais com a partida do cônjuge, contudo, esse se revela um recurso indispensável para a manutenção básica de sua família. Na esfera social, fontes de apoio podem se tornar complicadores, e desse modo as mulheres se movimentam em direção à auto-preservação. Por fim, pode-se observar que, apesar dos papéis femininos terem apresentado evoluções emrelação ao seu empoderamento, muitas mulheres ainda não estão cientes dessefato.pt-BRAcesso AbertoCasamentoDivórcio - Aspectos psicológicosMulheres divorciadasEnfrentamentos vivenciados por mulheres no processo de ruptura do relacionamento conjugalMonografia