Lopes, Ana Maria PereiraMartins, Victor Hugo2022-12-142022-12-142022-11-28https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29081Freud vai na contramão da ciência de sua época ao colocar-se a escutar os sintomas narrados como que incidindo no corpo, porém sem causas orgânicas, de pacientes que sofriam de histeria e, com isso, conceitualiza um sistema denominado de inconsciente que dá lugar à um novo campo de saber: a psicanálise. A partir disso, tendo em vista este corpo que não é biológico, mas pulsional, este trabalho tem como objetivo analisar a noção de corpo em psicanálise, articulada ao conceito de narcisismo e à dimensão do Imaginário, a partir dos textos “Introdução do narcisismo”, de Sigmund Freud (1914) e “O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica”, de Jacques Lacan (1966/1998). Esta pesquisa é classificada como exploratória, de natureza qualitativa e de delineamento bibliográfico. Os dados coletados foram organizados em três eixos de análise, de acordo com os objetivos específicos e analisados à luz da fundamentação teórica. Os resultados obtidos demonstram que a noção de corpo em psicanálise passa por uma retirada do campo que é propriamente orgânico, para considerar sua dimensão articulada ao Imaginário, enquanto relação narcísica. Tal relação corresponde ao que se trata, no estádio do espelho, da assunção alienante que faz o sujeito diante de sua imagem especular. Apesar de alienante, essa situação forma a base constituinte do sujeito, ao desenvolver o eu, como postulado por Freud, a partir de uma nova ação psíquica. Este estudo pode contribuir para reflexões acerca do corpo em psicanálise, não de um corpo dito orgânico, mas corpo este recoberto pelo narcisismo.42 f.ptAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 BrasilPsicanáliseCorpoNarcisismoNarciso no espelho: uma leitura de "Introdução do narcisismo" e "O estádio do espelho" e desdobramentos sobre a noção de corpo em psicanáliseArtigo Científico