Biomedicina
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Navegando Biomedicina por Autor "BARBOSA, Santiago"
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Artigo Científico Acesso aberto O uso de Hematófagos na ciência: da medievalidade até a era contemporânea com exímia singularidade(2023-09) WENCESLAU, Maria Eduarda de Melo; MARTINS, Marcela Cristina; BARREIRO, Beatriz de Fátima; FERNANDES, Júlia Arantes; BARBOSA, SantiagoApesar do grande avanço da medicina durante os anos, ainda hoje, se operam técnicas medievais. Um desses casos é o da hirudoterapia. Essa prática auxilia no tratamento de várias enfermidades com a utilização das sanguessugas. Esses animais do grupo dos hematófagos são usados na medicina desde 1500 a.C, com seus primeiros registros no Egito Antigo. As sanguessugas, além de sugar o sangue, possuem propriedades anticoagulantes chamadas hirudina e calina que causam um efeito vasodilatador fazendo com que o fluxo sanguíneo do paciente melhore. O uso desses animais era mais recorrente para tratar feridas e tecidos lesionados com formação de hematomas e, além disso, a saliva desse anelídeo era capaz de prevenir infecções e a proliferação bacteriana. Alguns procedimentos cirúrgicos como por exemplo o transplante de tecidos com riquíssima vascularização pode necessitar do uso de terapias de sangria, que é como se chamava o ato de sucção realizados pelas sanguessugas. Além desses casos, o campo Estético encontrou maneiras de aprimorar resultados e evitar intercorrências, oferecendo tratamentos com maior eficácia e segurança. Há ainda os tradicionais métodos de hirudoterapia para feridas que evidenciam ainda mais a imparidade dos animais que além de sugarem o sangue do local também injetam através de sua saliva substâncias anticoagulantes, antiinflamatórias e anti-histamínicas. Apesar de Medicina: competências técnica, científica, o tratamento possuir vários pontos positivos, ele foi aos poucos deixando de ser utilizado e o principal motivo foi o fator econômico no século XIX. A importação desses animais ficou extremamente cara, causando assim uma queda no uso das sanguessugas para tratamento medicinal. Durante os séculos seguintes a comunidade científica tentou encontrar uma opção para não utilizar as sanguessugas, mas ainda hoje não existem soluções equiparáveis aos benefícios oferecidos por esses anelídeos.