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Monografia Acesso aberto Avaliação do impacto da automedicação na Saúde Pública(2024-06) CÉSAR, Daniele Conceição Santos; SANTOS, Gabriela Castro; SILVA, Jansielly Pereira; FARIAS, Júlia Vitória RibeiroA automedicação se caracteriza pelo uso de medicamentos por parte dos próprios indivíduos para lidar com suas condições de saúde, recorrendo a produtos aprovados e disponíveis no mercado, adquiridos sem prescrição. A utilização inadequada ou não conforme as orientações da medicação pode comprometer a segurança de uso, causar interações medicamentosas, severas intoxicações, ou gerar a ineficácia dos fármacos. O objetivo deste estudo consiste em uma análise ampliada dos diversos aspectos relacionados à automedicação e suas implicações em diferentes grupos de indivíduos. Extensivamente, destaca-se o papel do farmacêutico na prevenção do uso abusivo de medicamentos. A justificativa para este estudo reside na frequência observada da automedicação na sociedade, associada a diversos fatores, e suas potenciais consequências preocupantes, como intoxicações medicamentosas e comprometimento da segurança dos medicamentos. A metodologia adotada foi a análise de artigos científicos através do método de revisão integrativa. As fontes de dados incluíram PubMed, SciELO, Science Direct e Google Acadêmico, extensivo as legislações governamentais, publicações da ANVISA e outras fontes literárias. A seleção dos artigos foi conduzida com critérios específicos de inclusão e exclusão, resultando em 34 artigos analisados. Os resultados mostraram que a automedicação é uma prática amplamente adotada, com consequências significativas para a saúde humana, em que se incluem o aumento do risco de complicações ou o mascaramento de patologias graves já existentes. Dentre os medicamentos mais consumidos de forma autônoma estão os de venda sem prescrição médica (MIPs), como analgésicos e antitérmicos. Tendo sido evidenciado uma forte influência da internet na promoção da automedicação, com expressiva parcela (86%) de medicamentos consumidos sem orientação médica, com elevados riscos e implicações para a saúde pública. Neste cenário, o papel do farmacêutico se destaca na promoção do uso racional de medicamentos e na prevenção dos riscos da automedicação. Esta influência é especialmente importante para atendimento da comunidade surda, na qual a comunicação e acesso à informação representam os maiores desafios. Estudos recentes realizados no Brasil, mostram que 79% dos indivíduos com idade superior a 16 anos fizeram o uso de medicamentos sem a devida prescrição médica. Este quadro se agravou na pandemia da Codiv-19, mediante comportamento impulsivo de automedicação. Nesta pandemia da Covid-19, a automedicação tornou-se ainda mais prevalente. O consumo da ivermectina, por exemplo, passou de R$ 44 milhões em 2019 para R$ 409 milhões em 2020, um aumento de 829%. A ANVISA, objetivando garantir o uso seguro e eficaz de alguns dos fármacos consumidos contra a Covid-19, passou a controlar medicamentos que anteriormente eram vendidos mediante prescrição médica em medicamentos controlados, como a hidroxicloroquina (RDC 351/2020), o fosfato de cloroquina (RDC 351/2020) e a nitazoxanida (RDC 372/2020). Conclusivamente, entende-se que a conscientização acerca dos riscos associados à automedicação e a promoção do uso adequado de medicamentos, são essenciais para compreender os impactos negativos na saúde pública e buscar soluções. Nesta perspectiva, o engajamento dos farmacêuticos é fundamental para educar a população e oferecer orientações seguras acerca do uso de medicamentos. No caso da comunidade surda, mitigar estratégias inclusivas e acessíveis, disponibilizando intérpretes em farmácias e consultórios médicos, torna-se necessário para garantir que todos tenham acesso à informação e cuidados específicos.