Psicologia
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Artigo Científico Acesso aberto Fenômeno da ostentação: contemporaneidade e constituição da identidade de adolescentes.(2015) Rabusky, Amanda HenesO presente artigo tem por objetivo compreender como o fenômeno da ostentação é constitutivo da identidade de adolescentes na contemporaneidade. Este estudo permite uma reflexão acerca da identidade dos jovens que utilizam objetos de consumo para a exibição. Realizou-se delineamento de estudo de caso, exploratório e descritivo de natureza qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um grupo focal, seguindo um roteiro com as temáticas: ostentação, consumo/consumismo, mídia e estilo. Buscou-se identificar o que os adolescentes entendem pelo fenômeno da ostentação, as relações que eles fazem entre consumismo e esse fenômeno, a percepção deles de como os meios de comunicação contribuem para o fenômeno da ostentação e também identificar as diversas formas de expressão desse fenômeno. O grupo focal indica que o fenômeno da ostentação é amplo e complexo, sendo que um indivíduo “sem caráter” exibe o desnecessário. As relações entre o consumismo e a ostentação estão interligadas, pois a ostentação gera o consumismo, favorecendo o endividamento. Além disso, a mídia influencia o indivíduo a consumir e os adolescentes compram quando necessitam e se decepcionam consigo quando não adquirem o que desejam. O grupo se percebe ao mesmo tempo ambíguo com relação às possibilidades do que fariam no caso de terem condições financeiras para comprar o que gostariam. Os meios de comunicação contribuem para o fenômeno da ostentação, pois influenciam na vida das pessoas, sendo que os adolescentes não se veem influenciados pela mídia, pois eles não possuem intenção de mostrar o que compram e de se mostrarem, mas se sentem bem quando são percebidos pelos outros. E fazem uso das redes sociais e aplicativos para compartilharem boas experiências. As diversas formas de expressão do fenômeno da ostentação se dão nas relações interpessoais visando, sobretudo para impressionar o sexo oposto. Além disso, a ostentação é necessária para o reconhecimento desse jovem pela sociedade e a criança é influenciada pela mídia a consumir o que está na moda, sendo que o adolescente segue estilos conforme o seu gosto e não visando a exibição. Tudo isso indica um adolescente com alguma crítica ao fenômeno da ostentação que talvez esteja exibindo a imagem de um indivíduo “com valor”. Faz-se necessário compreender mais esse adolescente pós-moderno, quiçá desenvolvendo o assunto e promovendo espaços para debates sobre esse lugar de ser adolescente. Sugere-se pesquisas que possibilitem mais visibilidade sobre os modos de produção do adolescente reflexivo e também com meninas adolescentes no contexto pós-moderno, além de pesquisas com grupos como a família e a escola diante do fenômeno da ostentação.Monografia Acesso aberto "Se passar dos 18-": o processo de estética de si dos jovens envolvidos no tráfico de drogas(2012) Bez, Larissa GomesA presente pesquisa se propõe a abordar a temática envolvente entre adolescentes que atuam no tráfico de drogas, hoje considerada um problema de ordem mundial e com grande destaque nos meios de comunicação. O objetivo desta pesquisa é ir ao encontro desta realidade, para que estes sujeitos possam ser compreendidos perante o seu contexto, compreendendo como esses adolescentes se constituem como sujeitos. O conceito principal usado nesta pesquisa é o de Michel Foucault, estética de si, que para se compreender é necessário relacionar os modos de subjetivação, as práticas que objetivam esta subjetivação e as linhas de fuga e resistência. O delineamento desta pesquisa é documental, exploratória e qualitativa, e a fonte é o documentário Falcão: meninos do tráfico. A técnica da análise de dados foi análise do discurso. Esta pesquisa interpreta o poder a partir do biopoder e de suas ramificações como a disciplinarização e biopolítica em Foucault. A norma social é interpretada a partir daquilo que está dentre as relações humanas, as regras de relacionamento, o que está disseminado na cultura de cada momento histórico. Nessa direção a análise proporciona a reflexão “Quem são esses criminosos?” Pois perante a esta realidade, os resultados sobre os modos de subjetivação dos adolescentes que atuam no tráfico apresentaram mais assujeitamento do que resistências, proporcionando uma reflexão de que criminoso é uma construção social, disseminada e reproduzida por todos da população, frente ao sistema vigente, o capitalismo, reforçando os ideais de uma sociedade disciplinar, conforme Foucault aborda em seus estudos.