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Relatório de estágio Acesso aberto Relatório de Estágio Curricular Supervisionado(2024-07) CANTERGI, Ilana Cantergi deA inflamação retrobulbar é uma doença comum em cães que pode se apresentar na forma de celulite e abscesso (DENNIS, 2000; BOROFKA et al., 2007, ARMOUR et al., 2011). As causas mais comuns relatadas são corpo estranho, infecção via hematógena, extensão direta de uma doença dental (tipicamente do quarto pré-molar, primeiro e segundo molares da maxila), sinusite, osteomielite, otite crônica e inflamação de glândula salivar (WANG et al., 2009, Simon A.Pot, Katrin Voelter, Patrick R. Kircher. In: Veterinary Ophtalmology: Volume 1, 6 ed. Edited by Kirk N. Gellat, Gil Bem-Shlomo, Brian C. Gilger, Diane V.H Hendrix, Thomas J. Kern and Caryn Plummer. 2021 John Wiley & Sons, Inc p.879). A causa iatrogênica advinda de uma inadvertida penetração da órbita durante um tratamento dentário também já foi descrita (WANG et al., 2009). Entretanto, a causa principal permanece não identificada (WANG et al., 2009, ARMOUR et al., 2011). Cães com doença orbitária inflamatória frequentemente tem uma história de sinais clínicos agudos, que incluem dor na palpação periorbital e ao abrir a boca, edema da mucosa oral logo atrás do último molar superior, exoftalmia, protusão de terceira pálpebra, estrabismo e resistência ao movimento de retropulsão. Os sinais que afetam o globo ocular geralmente são hiperemia, ceratite ulcerativa secundária à lagoftalmia e exposição, edentação do globo ocular no exame de fundoscopia, anormalidades nos reflexos pupilares, exsudato seroso ou muco purulento e, às vezes, perda da visão (Simon A.Pot, Katrin Voelter, Patrick R. Kircher. In: Veterinary Ophtalmology: Volume 1, 6 ed. Edited by Kirk N. Gellat, Gil Bem-Shlomo, Brian C. Gilger, Diane V.H Hendrix, Thomas J. Kern and Caryn Plummer. 2021 John Wiley & Sons, Inc p.879-880). Devido ao fato que o exame direto da órbita é limitado, o diagnóstico de doença retrobulbar é feito geralmente por via oftálmica e exame físico, mas outras técnicas diagnósticas são usualmente necessárias para caracterizar e avaliar a extensão da doença. Técnicas diagnósticas avançadas de imagem incluem a ultrassonografia da órbita, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Citologia, cultura bacteriana e sensibilidade aos antibióticos também são métodos diagnósticos empregados. Dessa forma, o padrão ouro para diagnóstico e tratamento das doenças inflamatórias orbitárias envolve exames de imagem avançados, amostras coletadas e diagnosticadas e tratamento com medicações sistêmicas como antibióticos e anti-inflamatórios para resolver a infecção e diminuir a inflamação Quando possível e indicado, a drenagem via a fossa pterigopalatina deve ser realizada (DENNIS, 2000; BOROFFKA et al., 2007; WANG et al., 2009). O prognóstico na maioria dos casos é bom, contudo, pode haver complicações. Assim, a importância do clínico conhecer e entender a anatomia e fisiologia da região, saber quais são os patógenos potenciais para escolher qual melhor técnica diagnóstica e tratamento é a chave para que decisões corretas e efetivas sejam efetuadas para resolução de cada caso (Simon A.Pot, Katrin Voelter, Patrick R. Kircher. In: Veterinary Ophtalmology: Volume 1, 6 ed. Edited by Kirk N. Gellat, Gil Bem-Shlomo, Brian C. Gilger, Diane V.H Hendrix, Thomas J. Kern and Caryn Plummer. 2021 John Wiley & Sons, Inc p.893-896).