Características relacionais de famílias monoparentais cujos responsáveis são homens

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Data

2011

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Mozzi, Gisele de

Orientador

Pretto, Zuleica

Coorientador

Oltramari, Leandro Castro

Resumo

As organizações familiares contemporâneas extrapolam o modelo hegemônico de família nuclear, formado por pai, mãe e filhos. A evidência das mais diversificadas formas de organização familiar, entre elas a monoparentalidade, requer a problematização deste padrão familiar idealizado, bem como dos papéis maternos e paternos esperados socialmente. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo principal compreender as características relacionais de famílias monoparentais cujos responsáveis são homens, a partir da percepção dos mesmos. A fim de alcançar este objetivo, foram entrevistados três pais que passaram pelo Serviço de Mediação Familiar e assumiram a guarda de pelo menos um dos filhos após o processo de divórcio, o que é um indicativo de possível reconfiguração familiar chamada de monoparentalidade. Essa pesquisa é classificada como explicativa e qualitativa. Utilizou-se como delineamento o estudo de caso ecomo instrumento de coleta de dados foram utilizadas estrevistas semi-estruturadas. Para realizar a análise do material, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, através da elaboração de categorias a posteriori, definidas com base nos objetivos da pesquisa. Os principais aspectos identificados foram: as atividades cotidianas das famílias pesquisadas; as formas de organização das rotinas familiares; as características identitárias de gênero e as compreensões do pai/homem sobre paternidade. Essas temáticas foram problematizadas com base na fundamentação teórica já desenvolvida e outros materiais pertinentes. Ao final deste processo foi possível compreender que os três pais entrevistados parecem ter assumido com segurança a guarda de pelo menos um dos filhos, apesar das dificuldades encontradas. Também contam com uma rede social, principalmente familiar, que auxilia nos cuidados com os filhos. A experiência vivida por estes pais parece possibilitar um transitar entre as diferentes formas de masculinidade e paternidade sem, entretanto, abandonar o modelo cultural de família nuclear idealizada. Uma vez que para estes pais a monoparentalidade é experienciada como um desafio que tem permitido adotar estratégias particulares para cuidar sozinhos de seus filhos, reflete-se sobre os olhares que se têm direcionado a estas famílias. Parece necessário distanciar-se do conceito esteriotipado e patológico de "família desestruturada" a fim de que se possa compreendê-las e construir saberes a seu respeito.

Palavras-chave

Famílias monoparentais, Gênero, Paternidade

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