A securitização do terrorismo no governo Bush (2001-2009) e a construção dos muçulmanos como ameaça
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Data
2022-12-13
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Oliveira, Barbara Pires
Chagas, João Pedro
Silva, Laryssa Martins Granada da
Custodio, Ranieli Ferreira
Orientador
Forner, Clarissa
Coorientador
Resumo
O presente artigo tem como objetivo compreender como os atentados do 11 de setembro levaram à securitização do terrorismo no governo de George W Bush (2001-2009). Mais especificamente, busca-se avaliar como a Guerra Global ao Terror, defendida pelo então presidente, na prática, levou à adoção de restrições direcionadas aos grupos muçulmanos. Logo, neste trabalho vamos analisar tal processo através dos discursos realizados por Bush após os ataques de 2001, mostrando os impactos que este atentado desempenhou sobre a política externa e a segurança norte americana, bem como, a relevância dos discursos na edificação do terrorismo como uma problemática da segurança internacional. Será abordada a Teoria da Securitização, fazendo uma ligação entre a linguagem e a realidade, mostrando como muitas vezes a linguagem pode ser significativa para a construção de ameaças. Em um segundo momento, esta pesquisa será voltada para o contexto dos atentados, mostrando como Bush aproveitou-se de tal realidade para caracterizar o terrorismo como uma ameaça a ser combatida globalmente. Por último, realizaremos uma análise comparativa entre discursos e políticas públicas elaboradas pelo governo Bush, que levaram à securitização do terrorismo e que tiveram impactos diretos sobre as populações muçulmanas. Argumenta-se que as contradições entre os discursos e as práticas resultaram no entendimento do Islã como ameaça.
Palavras-chave
Securitização, Muçulmanos, Terrorismo, Ameaça