Streptococcus agalactiae em gestantes: resistência bacteriana e tratamentos não-antibióticos, uma revisão

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

COUTO, Jaqueline Bernardes Salgado do

Orientador

GOMES, Aline Dal’Olio

Coorientador

CARVALHO, Rafael Leite

Resumo

O Streptococcus agalactiae é uma bactéria gram-positiva de forma esférica presente na microbiota vaginal e intestinal, que está relacionada ao desenvolvimento de sepse e meningite em neonatos após a transferência materna durante o parto. Em 2010, o Center for Disease Control and Prevention (CDC) estabeleceu diretrizes que recomendam a realização da triagem microbiológica universal e a aplicação da antibioticoprofilaxia intraparto, para prevenir a transmissão ao neonato. Contudo, ainda persistem desafios na prevenção efetiva dessa infecção, uma vez que, a ausência de testes de sensibilidade aos antimicrobianos pode aumentar o risco de transmissão para os recém-nascidos devido à resistência bacteriana. O objetivo deste estudo de revisão da literatura foi descrever os antibióticos aos quais S. agalactiae tem desenvolvido resistência, e identificar tratamentos não-antibióticos como estratégias eficazes na prevenção da transmissão vertical desse microrganismo para neonatos. O período de análise compreendeu os anos de 2013 a 2023, em dois idiomas, português e Inglês, nos bancos de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico. Os resultados indicaram que dentre os antibióticos que estão sendo amplamente investigados, os que apresentaram maiores taxas de resistência, foram: Eritromicina (94,4%), Tetraciclina (92,9%), Clindamicina (89,5%), Levofloxacina (70,0%), e Cloranfenicol (66,7%). Quanto ao tratamento não-antibiótico, foram identificados sete tipos de vacinas em desenvolvimento, atualmente: Conjugados monovalentes e bivalentes, Conjugados trivalentes, conjugados hexavalentes, Conjugados CPS biotinilados, Domínios N-terminais das proteínas Rib e AlphaC, Proteínas pilus e outras proteínas. Esses resultados proporcionam uma compreensão abrangente das tendências atuais em relação a resistência bacteriana, fornecendo perspectivas valiosas para orientar futuras pesquisas e intervenções nesta área, como a realização de testes de sensibilidade antes da aplicação da antibioticoprofilaxia intraparto. Adicionalmente, a continuidade dos ensaios clínicos para as vacinas indica a possível disponibilidade iminente para a população, trazendo benefícios significativos para a saúde pública.
Streptococcus agalactiae is a spherical, gram-positive bacterium present in the vaginal and intestinal microbiota and is related to the development of sepsis and meningitis in neonates after maternal transfer during birth. In 2010, the Center for Disease Control and Prevention (CDC) established guidelines that recommend universal microbiological screening and the application of intrapartum antibiotic prophylaxis to prevent transmission to the newborn. However, challenges remain in the effective prevention of this infection, since the lack of antimicrobial susceptibility tests may increase the risk of transmission to newborns due to bacterial resistance. The objective of this literature review study was to describe the antibiotics to which S. agalactiae has developed resistance, and to identify non-antibiotic treatments as effective strategies for preventing vertical transmission of this microorganism to neonates. The analysis period covered the years 2013 to 2023, in two languages, Portuguese and English, in the Scielo, PubMed and Google Scholar databases. The results indicated that among the antibiotics that are being widely investigated, those with the highest resistance rates were: Erythromycin (94.4%), Tetracycline (92.9%), Clindamycin (89.5%), Levofloxacin (70 .0%), and Chloramphenicol (66.7%). Regarding non-antibiotic treatment, seven types of vaccines currently under development have been identified: Monovalent and bivalent conjugates, Trivalent conjugates, Hexavalent conjugates, Biotinylated CPS conjugates, N terminal domains of Rib and AlphaC proteins, Pilus proteins and other proteins. These results provide a comprehensive understanding of current trends regarding bacterial resistance, providing valuable insights to guide future research and interventions in this area, such as performing susceptibility testing prior to the application of intrapartum antibiotic prophylaxis. Additionally, the continuity of clinical trials for vaccines indicates their possible imminent availability for the population, bringing significant benefits to public health.

Palavras-chave

Grávida, mulher, resistência bacteriana, streptococcus agalactiae, vacina

Citação