Tendência temporal e custos das internações por Diabetes Mellitus no Brasil, 2011 a 2019
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Data
2022-11-11
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
Ferreira da Costa, Ludmilla
Sampaio, Taisa Lara
Orientador
Iser, Betine Pinto Moehlecke
Coorientador
Resumo
O Diabetes mellitus (DM) refere-se a um conjunto de doenças crônicas endócrino
metabólicas relacionadas ao metabolismo da glicose, caracterizado por hiperglicemia
persistente, que pode ser devido a problemas na secreção e/ou ação da insulina. Segundo
a Federação Internacional de Diabetes (IDF) em 2019, o Brasil ocupou a 5ª posição
mundial referente a adultos vivendo com diabetes, totalizando 16,8 milhões (7,9%) de
pessoas; em 2014 os custos de saúde relacionados ao diabetes foram de US$264,9
milhões, sendo o custo médio de cada internação US$845. Sabe-se que pessoas com
diabetes são mais propensas a serem hospitalizadas e permanecerem mais tempo na
internação do que aquelas sem diabetes, isso ocorre devido as complicações agudas e/ou
crônicas da doença. Objetivo: Realizar um panorama geral, analisar a tendência temporal
e os custos das internações por diabetes mellitus em diferentes Regiões do Brasil entre
2011 e 2019. Métodos: O estudo foi do tipo ecológico exploratório misto, incluindo a
análise de séries temporais e análise de subgrupos populacionais, com dados secundários
provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do departamento de Informática do
SUS, do Ministério da Saúde. A tendência temporal foi analisada por regressao linear
generalizada de Prais-Wistern, com nível de significância de 5%. Resultados: As
internações por diabetes mellitus representaram 1,2% do total de internações por todas as
afecções de saúde para o período ocorridas no sistema público de saúde no país. A Taxa
de Internações (TI) por DM no SUS foi de 6,77, sendo maior que a taxa geral de
internação por todos os motivos no país que foi de 5,63. A TI por Região foi maior para
o Nordeste e Sul. A tendência da TI apresentou-se decrescente para a maiora das Regiões,
sendo estacionária na Região Norte. A análise por faixa etária da TI mostrou-se crescente
no grupo crianças e adolescentes. O tempo de permanência foi de 6,17 dias, sendo maior
nos estados do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A tendência de dias de permanência
foi crescente. O valor total das internações gerou um impacto financeiro de
R$844.795.917 milhões de reais (US$316.189.003) e o valor médio gasto por internação
foi de R$681,52 (US$253), com tendência crescente. Conclusão: As disparidades nas
taxas de internação hospitalar estão relacionadas a fatores sociodemográficos e
ecônomicos, bem como oferta e qualidade dos serviços. Parece haver uma relação inversa
das taxas de cobertura médica em estados com maior TI e a educação em diabetes se
apresenta como uma possível ferramenta na melhoria da qualidade de vida das pessoas
com diabetes contribuindo para a redução da ocorrência, tempo de permanência e custos
das internações. Palavras-chave: diabetes mellitus, taxa de internação, tempo de permanência, custos, saúde pública.
Palavras-chave
Diabetes Mellitus, Taxa de internação, Tempo de permanência, Custos,, Saúde pública