Incidência de sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado de Santa Catarina

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Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

HILGENSTIELER, Leticia Baum
QUINT, Pamela

Orientador

RIBEIRO, Yasmin

Coorientador

Resumo

Devido ao alto índice de sífilis no estado, faz-se de grande importância o estudo da efetividade nos processos de detecção e tratamento da infecção em Santa Catarina. É possível fazer esta investigação comparando as taxas de incidência da sífilis em gestantes e da sífilis congênita pois, uma vez que a gestante é diagnosticada e passa pelo tratamento correto, não há mais a possibilidade de o recém nascido contrair a doença. Para tal análise, foram consultados dados de acesso público disponíveis na plataforma do DATASUS. Foram consideradas as notificações da doença registrados entre os anos de 2013 a 2021 que em seguida, foram trabalhadas na ferramenta Excel a fim de fazer a aplicação de filtros e gráficos visuais. Considerando os dados analisados, foi observado que no período de 2013 a 2021, o estado de Santa Catarina registrou 12.657 casos confirmados de sífilis gestacional e 4.149 notificações de sífilis congênita onde 73,2% dos casos de sífilis em gestantes acometeu mulheres de 20 a 39 anos e 23,8% das mulheres que possuem ensino fundamental incompleto. Além disso, o estado apresentou uma média de 14,47 casos de sífilis gestacional para cada 1.000 nascidos vivos e 4,78 casos de sífilis congênita para cada 1.000 nascidos vivos no estado de Santa Catarina. Em 2018, foram atingidos os índices de 22,99 casos de sífilis gestacional para cada 1.000 nascidos vivos e 6,90 casos de sífilis congênita para cada 1.000 nascidos vivos. Os municípios que registraram maior incidência de sífilis em gestantes foram Xanxerê, São Joaquim e Lages, enquanto que os municípios que registraram maior incidência de sífilis congênita foram Xanxerê, Lages e Araranguá. Levando em consideração os resultados obtidos, é notável a relação entre a baixa escolaridade, o índice de pobreza e os casos notificados, levando a conclusão de que, mulheres que possuem baixo grau de escolaridade e/ou renda baixa estão mais propensas a contrair a sífilis. Ademais, podemos notar um aumento no número de notificações de sífilis entre os anos de 2013 a 2018, seguido por uma uma queda nesse mesmo número a partir do ano de 2018. Tal informação sugere que os dados disponíveis no sistema consultado apresentam subnotificação, e portanto, não refletem a realidade.

Palavras-chave

sífilis, gestantes, congênita, Santa Catarina, epidemiologia

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