Influência da dominância e gênero nas respostas sensoriais e motoras normais do teste neurodinâmico para o membro superior 1 (tnms1)
Carregando...
Arquivos
Data
2011
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Gruner, Clara Ferreira
Silveira, Priscila de Castilhos
Orientador
Martins, Daniel Fernandes
Coorientador
Resumo
O objetivo geral deste estudo foi confirmar os dados da literatura descrevendo as respostas sensoriais e motoras durante o teste neurodinâmico para o membro superior 1 (TNMS1). Além disso, verificar a influência da dominância e gênero sobre estas respostas, com e sem diferenciação estrutural e estender os dados da literatura analisando as respostas motora através da atividade eletromiográfica dos músculos trapézio superior e bíceps braquial durante a realização do teste. Este estudo constitui-se uma pesquisa de campo, do tipo exploratório-descritiva, realizada na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). A amostra foi constituída por 20 indivíduos assintomáticos, sendo 10 indivíduos do gênero masculino, com média de idade de 25 ± 4 anos e 10 indivíduos do gênero feminino, com média de idade de 22 ± 2 anos. Dentre os sintomas relatados, a sensação de alongamento foi o descritor mais citado para ambos os membros e gêneros. A região da fossa cubital seguida da face medial do antebraço e os três primeiros dedos foi o trajeto sensorial mais descrito. A média da ADM de extensão do cotovelo nos indivíduos do gênero masculino foi 133,6 ± 8,0 e 138,4 ± 9,3 graus para o membro dominante e não dominante, respectivamente. Nos indivíduos do gênero feminino, a média foi 131,4 ± 10,8 e 126,3 ± 12,1 graus para o membro dominante e não dominante, respectivamente. Os valores de root mean square (RMS) médios da atividade eletromiográfica do músculos bíceps braquial no membro dominante foram de 3,70 ± 0,71 µV e 3,83 ± 0,79 µV para os indivíduos dos gêneros masculino e feminino, respectivamente. No membro não dominante, os valores foram de 2,60 ± 0,54 µV e 3,34 ± 0,63 µV para os indivíduos dos gêneros masculino e feminino, respectivamente. No músculo trapézio superior, os valores de RMS no membro dominante foram de 17,27 ± 4,8 µV e 12,5 ± 3,14 µV para os indivíduos dos gêneros masculino e feminino, respectivamente. No membro não dominante, os valores foram 16,22 ± 4,49 µV e 16,15 ± 4,41 µV para os indivíduos dos gêneros masculino e feminino, respectivamente. Os valores RMS aumentaram consideravelmente após o início da dor, porém não se verificou diferença estatisticamente significativa quando comparou-se dominância (dominante vs não dominante) e gênero (masculino vs feminino). Em conjunto, nossos resultados estendem os dados da literatura descrevendo as respostas sensoriais e motoras durante 4 o TNMS1 em indivíduos saudáveis, demonstrando que as mesmas não são influenciadas pelo gênero ou dominância do membro superior. Observou-se que, em média, 75% dos indivíduos avaliados apresentaram aumento dos sintomas relatados no membro superior com a inclinação da cabeça para o lado contralateral, durante a realização do TNMS1. Além disso, demonstrou-se pela primeira vez que durante o TNMS1 ocorre um aumento da atividade eletromiográfica dos músculos trapézio superior e bíceps braquial e que esta atividade também não é influenciada por ambos os gêneros ou dominância. Assim, as respostas normais descritas no presente estudo necessitam ser conhecidas pelos fisioterapeutas e médicos para proporcioná-los um exame neurodinâmico mais confiável e seguro
Palavras-chave
Fisioterapia, Eletromiografia