A relação entre o comportamento alimentar e o estado emocional em jovens adultas com idade entre 18 e 25 anos

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Data

2023-12

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

MARTINS, Brenda Rafaela de Oliveira
SOARES, Jade Távora
CUNHA, Luiza Scalzo
SOARES, Natália Cristina Antunes

Orientador

OLIVEIRA, Simone Francisca de

Coorientador

Resumo

O comportamento alimentar abrange um conjunto de ações relacionadas ao alimento, que se refere às escolhas e decisões que as pessoas fazem em relação ao que consomem. Isso inclui fatores como o que e quanto se come, o momento e o local das refeições, a frequência, as preferências alimentares e as razões por trás dessas escolhas. O comportamento alimentar pode ser influenciado por muitos fatores, incluindo fatores psicológicos, sociais, culturais e biológicos (VAZ; BENNEMAN, 2014). De acordo com Aitzingen (2011), o comportamento alimentar é um tema extremamente complexo que vai além das necessidades básicas de alimentação. O ato de comer é social e está associado com as relações sociais, escolhas individuais e sensações proporcionadas pelos sentidos. Durante a alimentação, as pessoas buscam atender suas necessidades fisiológicas e prazerosas. Portanto, compreender os fatores que influenciam e determinam as escolhas alimentares é essencial para entender o comportamento alimentar humano. Este, não é definido a partir do indivíduo como algo único, mas sim, a partir de suas interações com o meio (AITZINGEN, 2011 apud VAZ; BENNEMAN, 2014). As pessoas tendem a comer o que gostam e o que é culturalmente prescrito, mas as emoções também têm um papel importante na escolha dos alimentos. Muitas vezes, pensar em um prato favorito pode evocar associações que misturam imagens, emoções, sentidos e memórias. Quando as pessoas tentam mudar seus comportamentos alimentares, mas se concentram apenas em mudanças racionais, podem cair em uma armadilha, pois a alimentação tem significados que vão além da função nutricional e pode servir como um "prazer imediato" para aliviar sentimentos negativos como tristeza, angústia, ansiedade e medo. Certos alimentos, especialmente doces, são usados para lidar com conflitos pessoais aparentemente insolúveis. Embora estes possam ser condutores de afeto, podem se tornar um problema quando usados como substitutos para lidar com confrontos e rejeições (KAUFMAN, 2013). Um dos principais interesses associados à relação entre o comportamento alimentar e o estado emocional em jovens adultas, é entender as causas subjacentes desse padrão. Comportamentos alimentares de risco têm o potencial de desencadear o surgimento de patologias e transtornos alimentares. De acordo com a Coalizão de Distúrbios Alimentares, aproximadamente uma pessoa perde a vida a cada hora, como resultado direto de um transtorno alimentar, fazendo deles a categoria com a maior taxa de mortalidade entre as doenças mentais (SMINK; HOEKEN; HOEK, 2012). Algumas pesquisas sugerem que fatores sociais, como a pressão da mídia e das redes sociais para ter um corpo "perfeito", podem contribuir para a adoção de comportamentos alimentares pouco saudáveis em momentos de estresse emocional. Outros estudos apontam para fatores biológicos, como as mudanças hormonais relacionadas ao ciclo menstrual, como um fator que pode influenciar, tanto o comportamento alimentar, quanto o estado emocional em mulheres jovens (COPETTI; QUIROGA, 2018). A relação entre o conceito de comportamento alimentar e estado emocional é um tema complexo e multidimensional com muitos interesses e implicações importantes para a saúde e o bem-estar das mulheres. Assim, a pesquisa contínua nessa área pode levar a uma melhor compreensão desses fatores e a intervenções mais eficazes para ajudá-las a gerenciar sua saúde emocional e a forma com que se alimentam.
Eating behavior encompasses a set of actions related to food, referring to the choices and decisions people make regarding what they consume. This includes factors such as what and how much one eats, the timing and location of meals, frequency, food preferences, and the reasons behind these choices. Eating behavior can be influenced by many factors, including psychological, social, cultural, and biological factors (VAZ; BENNEMAN, 2014). According to Aitzingen (2011), eating behavior is an extremely complex topic that goes beyond basic nutritional needs. The act of eating is social and is associated with social relationships, individual choices, and sensations provided by the senses. During eating, people seek to satisfy both physiological and pleasurable needs. Therefore, understanding the factors that influence and determine eating choices is essential to comprehend human eating behavior. It is not defined solely by the individual but rather by their interactions with the environment (AITZINGEN, 2011 cited in VAZ; BENNEMAN, 2014). People tend to eat what they like and what is culturally prescribed, but emotions also play a significant role in food choices. Often, thinking about a favorite dish can evoke associations that blend images, emotions, senses, and memories. When people attempt to change their eating behaviors but focus only on rational changes, they may fall into a trap because eating holds meanings beyond nutritional function and can serve as immediate pleasure to alleviate negative feelings such as sadness, distress, anxiety, and fear. Certain foods, especially sweets, are used to cope with seemingly insurmountable personal conflicts. Although these may be mood enhancers, they can become problematic when used as substitutes for dealing with confrontations and rejections (KAUFMAN, 2013). One of the main interests associated with the relationship between eating behavior and emotional state in young adults is understanding the underlying causes of this pattern. Risky eating behaviors have the potential to trigger the onset of pathologies and eating disorders. According to the Eating Disorders Coalition, approximately one person loses their life every hour as a direct result of an eating disorder, making them the mental health category with the highest mortality rate (SMINK; HOEKEN; HOEK, 2012). Some research suggests that social factors, such as media and social media pressure to have a "perfect" body, can contribute to the adoption of unhealthy eating behaviors during moments of emotional stress. Other studies point to biological factors, such as hormonal changes related to the menstrual cycle, as a factor that can influence both eating behavior and emotional state in young women (COPETTI; QUIROGA, 2018). The relationship between the concept of eating behavior and emotional state is a complex and multidimensional theme with many interests and significant implications for women's health and well-being. Thus, ongoing research in this area may lead to a better understanding of these factors and more effective interventions to help women manage their emotional health and eating habits.

Palavras-chave

comportamento alimentar, estado emocional, transtornos alimentares, jovens adultas, mulheres, jovens, roda de conversa, projeto de intervenção, emoções, transtorno de anorexia nervosa, transtorno de bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar, 18 e 25 anos

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