Os sofrimentos ético-políticos da população LGBTQIA+: as compreensões da Gestalt-terapia

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Data
2022-12-01
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Embargado
Editora
Autores
Bongiolo, Julia Teixeira
Orientador
Souza, Rosa Cristina Ferreira de
Coorientador
Resumo
O presente artigo tem como objetivo revisar as publicações da Gestalt-terapia em relação à compreensão dos sofrimentos ético-políticos vivenciados pela população LGBTQIA+. Trata-se de uma revisão narrativa, a qual busca compreender o estado da arte deste tema. Foram analisadas sete produções narrativas, como monografias, artigos científicos e um ensaio teórico. O objetivo dessa pesquisa foi identificar nas produções narrativas: O campo de relações onde esse fenômeno surge; os impactos psíquicos, emocionais e vivenciais; as atitudes, deveres e problematizações frente ao papel da Gestalt-terapia e do Gestalt-terapeuta. Por fim, discutiu-se a relação desse sofrimento com o sofrimento ético-político. Os resultados indicam que o campo onde esse fenômeno surge é preconceituoso e violento, onde instituições sociais como a Família, Religião, Escola, Universidade, Mídia, Política e Ciência foram levantadas como mantenedoras da cisheteronorma, desse modo, excluindo de diversas formas essa população. Os principais impactos levantados foram: Homofobia introjetada, desamparo, suicídio, autodestruição, vulnerabilidade da dimensão antropológica na população transgênero, dificuldade de reconhecimento das necessidades, sentimentos e ajustamento de inclusão. Diante do papel da Gestalt-terapia, observou-se uma escassez de produções frente à população LGBTQIA+. Discutiu-se a formação do Gestalt-terapeuta, a importância do Psicológo ampliar seus conhecimentos acerca das questões sócio-histórico-culturais brasileiras no que se refere às relações de gênero e sexualidade, para que suas práticas não violentem essa população, a potencialidade da abordagem no acolhimento das alteridades, onde se ressaltou a importância de uma prática que inclua o ético, político e o antropológico para acolhermos essas subjetividades que tanto nos clamam por inclusão.

Palavras-chave
LGBTQIA+, Gestalt-terapia, Sofrimento ético-político
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