A atuação do enfermeiro da atenção primária no controle do câncer de colo do útero
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Data
2023-06-20
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Jesus, Luana Sena
Santos, Myllena Nascimento
Nascimento Neta, Maria do Socorro
Orientador
Carvalho, Fábio Luiz Oliveira
Coorientador
Costa, Dalmo de Moura
Resumo
O câncer de colo do útero é um problema de saúde pública no Brasil que atinge
mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos, e o risco aumenta até atingir seu pico da
menopausa, geralmente, na faixa etária de 45 a 49 anos. Esse câncer é uma doença
multifatorial, sendo um dos principais fatores a menarca e a sexarca precoce,
multiplicidade de parceiros, não uso dos preservativos nas relações sexuais, infecção
pelo HPV (Papilomavírus Humano), higiene íntima inadequada, tabagismo, histórico
pessoal e familiar, e a não realização do exame Papanicolau com regularidade. O
objetivo geral do trabalho é abranger a assistência de enfermagem e a prevenção do
câncer do colo do útero. Os objetivos específicos são: identificar a importância do
rastreamento anual do câncer do colo uterino na atenção primária; compreender os
meios de prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero; e entender a
autonomia do enfermeiro da atenção básica diante da prevenção do câncer do colo
uterino. A metodologia usada se trata da revisão integrativa que é uma abordagem
ampla e realizada por meio das leituras de revisões e artigos já publicados, permitindo
ao leitor ter uma melhor compreensão do tema. A seleção das publicações foi feita
por intermédio de bases de dados virtuais disponibilizados na SCIELO (Scentific
Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca virtual em Saúde) e LILACS (Literatura
Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde Enfermagem). Os resultados
encontrados mostraram que as mulheres estão cientes do exame preventivo, porém,
existem aspectos influenciadores no que diz respeito à representação social em que
o exame citopatológico proporciona, como o desconforto, vergonha, tabus da
sexualidade e outros aspectos como seu estado civil (viúvas, casadas, divorciadas),
questões sociais como a falta de tempo por longa jornadas de trabalho, dificuldade
no acesso à Atenção Básica principalmente pela baixa destreza no agendamento das
consultas, devido à burocratização, visto que, consequentemente, desestimula o
indivíduo a procurar o serviço, adiando a execução do citopatológico. As consultas de
planejamento familiar também são uma forma de promover a prevenção de infecções
sexualmente transmissíveis por meio da orientação do uso de preservativos nas
relações sexuais, autocuidado com a higiene íntima, imunização contra o HPV e a
realização do exame citopatológico. Concluindo, é de suma importância a realização
do exame anualmente na ESF (Estratégia de Saúde da Família) e o rastreamento por
intermédio do SISCOLO - que é um sistema que identifica casos de exames com e
sem alterações - e das ações com a equipe de saúde que investiguem a busca das
faltosas nos exames e promovam a interação da mulher na UBS.
Palavras-chave
Prevenção, Colo de útero, Assistência de enfermagem, Rastreamento, Exame citopatológico