Estudo retrospectivo e epidemiológico da ocorrência e susceptibilidade bacteriana em urocultura de felinos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2019

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Agrárias

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Damazio, Luiza

Orientador

Souza Neto, Adriano de

Coorientador

Resumo

RESUMO: A Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos (DTUIF) se caracteriza por uma série de fatores que acometem a vesícula urinária e/ou uretra, causando inflamação e/ou infecção. Entre as causas estão cistite, urolitíases, tampões uretrais, anormalidades anatômicas, problemas comportamentais, neoplasias e infecções do trato urinário. Manifestam sinais clínicos, como: disúria, polaquiúria, hematúria, estrangúria, periúria, mudanças comportamentais que envolvem frequentes idas à caixa de areia e miados sem motivos aparentes. A infecção do trato urinário é caracterizada pela presença de bactérias na urina, pois, do ponto de vista bacteriológico, a urina armazenada na bexiga ou proveniente dos rins é estéril. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo retrospectivo de gatos que foram submetidos à coleta de urina, para análise e avaliação por meio de urocultura bacteriana, bem como seu perfil de susceptibilidade, resistência e multiressistência a agentes antimicrobianos. Estes laudos foram coletados do arquivo digital de um laboratório veterinário que atende a região da Grande Florianópolis – SC, entre o período que se estende de janeiro de 2016 a julho de 2019. Foram analisados 102 laudos de urocultura, que prevaleceu a presença de felinos machos (63,73%) e adultos (1ano até 6 anos e 11 meses) com 48,04%. As raças mais acometidas foram os SRD (60,78%), Persa (23,53%) e Siamês (8,82%). Os agentes bacterianos mais isolados foram Escherichia coli (36,27%) e Streptococcus sp (16,67%). Em relação aos antibiogramas analisados, os maiores percentuais de resistência foi: Cefovecina sódica (46%), seguido de Oxacilina com 44% e Sulfametoxazol + Trimetropim com 43%. Entre os mais sensíveis se observou o 30 Imipenem com 91% de sensibilidade, seguido da Amicacina com 87% e Marbofloxacina com 76%. Em relação a multiressistência aos antimicrobianos, entre às bactérias mais frequentes se destacou a Klebsiella sp., com 90,91% de multirresistência, a três ou mais classes de antibióticos. Entre as 10 amostras isoladas de Klebsiella sp., a classe das Quinolonas e dos Macrolídeos apresentaram 100% multirresistência. Entre as 20 amostras de Escherichia coli, a classe das Lincosamidas demonstrou 75% de multirresistência. Já nas 12 amostras de Streptococcus sp. 75% dos casos eram multirresistêntes a classe dos Macrolídeos. Em relação aos Staphylococcus sp. das 5 amostras multiressistentes, 80% eram, as classes Cefalosporinas, Quinolonas e Carpabenem. Com os resultados obtidos, podemos concluir a necessidade de monitoramento da urocultura e do perfil de resistência e sensibilidade bacteriana, pois, a escolha incorreta e o uso inadequado de antibióticos, favorece o aumento da resistência e multirresistência de cepas bacterianas.

Palavras-chave

Felinos, Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos (DTUIF), Agente bacteriano, Resistência bacteriana, Sensibilidade bacteriana, Multirresistência

Citação